O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou na última quinta-feira (27) a denúncia contra o ex-presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeito de Major Vieira, Orildo Antônio Severgnini, seu filho e servidor público Marcus Vinicius Brasil Severgnini, e contra os empresários Décio Pacheco e Décio Pacheco Júnior.
A denúncia cita as práticas de organização criminosa, fraude à licitação, corrupção, e lavagem de dinheiro. A ação foi apresentada pela subprocuradoria-geral para assuntos jurídicos do MPSC.
O resultado é fruto da operação Et Pater Filium – que indica a atuação conjunta de pai e filho – que teve duas fases, uma em julho, outra em agosto. Na segunda, os Severgnini foram presos.
Na ação, o Ministério Público detalha a suposta organização criminosa, formada desde o início do mandato de Orildo, que teria lesado os cofres públicos do município de Major Vieira por meio de diversos expedientes, combinações e ajustes para fraudar licitações superfaturadas mediante o pagamento de propina para os agentes públicos.
Além de propina em dinheiro – nas casas do prefeito e de seu filho, foram encontrados R$ 321 mil em espécie, além de cheques das empresas envolvidas – os agentes públicos teriam recebido imóveis, um caminhão e até um cavalo de raça. Para ocultar o patrimônio ilícito, os bens teriam sido colocados em nome de terceiros, segundo a denúncia.
Fonte: Rede Catarinense de Notícias (RCN).