O juiz da 2ª Vara da comarca de Capinzal, Daniel Radünz, pronunciou nesta terça-feira (29) para ser submetido a júri popular o pai do bebê morto no Loteamento Parizotto em Capinzal. O crime ocorreu no dia 26 de março deste ano.
Conforme a sentença de pronúncia, Aislan Ribeiro Toldo, 21 anos, permanecerá detido no presídio regional de Joaçaba no aguardo do julgamento. Cabe recurso da decisão. Já em relação à mãe do bebê, Vanessa Rodrigues da Silva, 22 anos, o magistrado decidiu por impronunciá-la, ou seja, não será levada a julgamento popular. Na mesma decisão, o magistrado determinou a soltura da ré.
Em audiência no dia 24 de julho o advogado de defesa da acusada, Marcos Antônio Vasconcelos Alencar, disse que acreditava na inocência de Vanessa, e que iria juntar nos autos provas de que ela não teve nenhuma participação no crime. Conforme Alencar, a mãe do bebê também seria vítima das agressões e ameaças de Aislan.
Conforme a denúncia do Ministério Público, Aislan Ribeiro Toldo teria agido por motivo fútil através de emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, por vezes mediante dolo direto e por vezes assumindo o risco do resultado utilizando-se de instrumento contundente ainda indeterminado para matar o próprio filho Bryan Hemanuel Toldo, de apenas dois meses de idade.
Ainda segundo o MP, Aislan teria agredido a criança com tapas, chacoalhões, cotoveladas, apertões, arremessos contra o sofá, entre outras supostas condutas, atingindo várias partes do corpo, sendo tronco, braços, pescoço e cabeça, resultando na morte da criança. A defesa de Aislan Ribeiro Toldo havia pleiteado a impronúncia do acusado, ou, alternativamente, pela descaracterização para o crime de maus-tratos seguidos de morte.
O caso
O bebê foi encaminhado pelos avós ao Hospital Nossa Senhora das Dores, por volta das 4h do domingo apresentando lesões pelo corpo. Entretanto, o bebê deu entrada já sem vida. A necropsia do Instituto Geral de Perícias de Joaçaba apontou a causa da morte por traumatismo craniano.
Conforme o delegado José Sérgio de Castilho, a mãe disse que teria deixado o filho na sala aos cuidados do pai, por volta das 2h, e teria ido dormir. Por volta das 4h o jovem acordou a companheira dizendo que o filho não estava mais respirando. Ele disse que teria tentado reanimar a criança, mas não conseguiu. A jovem pediu socorro aos pais que residem nas proximidades, os quais levaram o neto ao hospital.
O suspeito não quis acompanhar o socorro do filho. Ele foi preso pela Polícia Militar por volta das 6h30min na Vila Sete de Julho, quando ia com o pai até o hospital. O corpo do bebê foi enterrado no cemitério da Vila Sete de Julho em clima de forte comoção.
Fonte: Michel Teixeira Notícias