Matriz de Risco aponta nove regiões no nível moderado e oito no alto



A matriz de risco potencial regionalizado divulgada neste sábado, 12, aponta nove regiões classificadas no nível Moderado (cor azul). São elas: Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras oito regiões estão no nível Alto (cor amarela): Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Médio Vale do Itajaí, Meio Oeste, Nordeste, Oeste, Planalto Norte e Serra Catarinense (Figura 1).

Em um comparativo com o relatório divulgado na semana anterior, houve melhora em quatro regiões que estavam classificadas no nível Alto (amarelo) e passaram a ser classificadas no nível Moderado (azul): Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Grande Florianópolis e Xanxerê. Para as demais regiões, não houve mudança de classificação.

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Figura 1: Matriz de Risco Potencial Regionalizado. 12/03/2022

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dimensão Gravidade (Figura 2) expressa os diferentes níveis de gravidade da pandemia no atual momento em cada uma das Regiões. É composta por dois indicadores: o número de óbitos de Covid-19 acumulados nos últimos 7 dias por 100 mil habitantes e a Tendência de curto prazo (3 semanas) para ocorrência de novos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Nesta dimensão, um total de 12 (doze) regiões foram classificadas no nível Alto (amarelo): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Meio Oeste, Oeste, Serra Catarinense e Xanxerê. Outras 5 (cinco) regiões foram classificadas no nível Grave (laranja): Extremo Oeste, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Planalto Norte e Vale do Itapocu (Figura 2).

Figura 2: Classificação das Regiões quanto à Gravidade. 12/03/2022

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dimensão Transmissibilidade (Figura 3) busca medir o nível de disseminação da Covid-19 população, de acordo com as Regiões de Saúde.  É composta por dois indicadores, o número de casos ativos (infectantes) por 100 mil habitantes e o número de reprodução efetivo da infecção (Rt).

Nesta dimensão, 12 (doze) regiões foram classificadas como nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Planalto Norte, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras 5 (cinco) regiões foram classificadas no nível de Alto (amarelo), Alto Vale do Rio do Peixe, Extremo Oeste, Meio Oeste, Oeste e Serra Catarinense.

Figura 3: Classificação das Regiões quanto à Transmissibilidade. 12/03/2022

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dimensão Proteção Específica (Figura 4) busca expressar o impacto de ações voltadas para redução da ocorrência de formas graves da Covid-19 na população em geral e em grupos mais vulneráveis, substituindo a dimensão Monitoramento. Ela é composta pelos indicadores de cobertura vacinal do esquema primário de vacinação contra a Covid-19 na população geral (duas doses ou dose única) e da cobertura da dose de reforço na população com 60 anos ou mais de idade.

Nesta dimensão, 4 (quatro) regiões foram classificadas como nível Moderado (azul): Alto Uruguai Catarinense, Extremo Oeste, Meio Oeste e Oeste. Outras 12 (doze) regiões foram classificadas no nível Alto (amarelo), Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Nordeste, Planalto Norte, Serra Catarinense, Vale do Itapocu e Xanxerê, e uma região foi classificada no nível Grave (laranja), Médio Vale do Itajaí.

Figura 4: Classificação das Regiões quanto à Proteção Específica. 12/03/2022

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Por fim, a dimensão Capacidade de Atenção (Figura 5) expressa o grau de comprometimento da rede de atenção de alta complexidade para prestar atendimento a pacientes com quadros graves de Covid-19. É composta pelo indicador de taxa de ocupação de leitos de UTI Adulto para tratamento de Covid-19 em relação ao total de leitos de UTI Adulto disponíveis no Estado.

Nesta dimensão, observou-se um total de 12 (doze) regiões com a capacidade de atenção Moderada (azul), com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 adulto abaixo de 20%, Alto Uruguai Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Alto Vale do Rio do Peixe, Carbonífera, Extremo Sul Catarinense, Foz do Rio Itajaí, Grande Florianópolis, Laguna, Médio Vale do Itajaí, Planalto Norte, Vale do Itapocu e Xanxerê. Outras 4 (quatro) regiões estão com a capacidade de atenção Alta (amarelo), com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 adulto entre 20 e 40%, Extremo Oeste, Meio Oeste, Nordeste e Serra Catarinense e uma região apresenta uma capacidade de atenção Grave (laranja), com taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 adulto entre entre 40 e 60%: Oeste. Destaca-se que o Estado apresenta um plano de contingência para pronta disponibilização de leitos de UTI para atendimento de pacientes com Covid-19, tanto adulto quanto pediátrico, caso seja necessário, assim como mantém os leitos disponíveis para tratamento de demais patologias. Portanto, mesmo com a disseminação da variante Ômicron por todo o Estado, não existe comprometimento da capacidade de atenção de alta complexidade no momento.

Figura 5: Classificação das Regiões quanto à Capacidade de Atenção. 12/03/2022

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Indicadores vêm confirmando a tendência de redução de casos, hospitalizações, internações e mortes 

Com o avanço da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, cuja transmissão comunitária foi estabelecida em Santa Catarina na segunda quinzena de dezembro de 2021, o número de casos ativos passou de 4.508 no dia 31 de dezembro para 80.251 no dia 29 de janeiro, representando um aumento de 1.680% em um único mês. A partir de então, o número de casos ativos vem reduzindo de forma sustentada por 6 semanas consecutivas, chegando a 9.306 em 11 de março de 2022, representando uma redução de 88% em relação ao pico de casos ativos registrados no dia 29 de janeiro (Figura 6).

Figura 6: Evolução de Casos Ativos de Covid-19, 2020/2022. (Atualizado em 11/03/2022)

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Analisando a série histórica de casos do segundo ano e mês do início dos sintomas, observa-se que durante o segundo semestre de 2021 houve uma redução progressiva no número de casos de COVID-19, até chegar em dezembro com 14.345 casos. Em janeiro de 2022, com a onda provocada pela transmissão comunitária da variante Ômicron, o número de casos confirmados subiu para 284.893, o que representou um aumento de 1.886% em apenas um mês. Em fevereiro de 2022, o número de casos reduziu para 91.943, representando uma queda de 68% em relação ao mês anterior (Figura 7).

Figura 7: Casos de Covid-19 segundo mês e ano de início dos sintomas. SC, 2020/2022 (atualizado em 11/03/2022).

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Até o dia 11 de março de 2022, foram confirmados 77.537 hospitalizações por  Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causada pela Covid-19, sendo 23.349 em 2020, 48.899 em 2021 e 5.289 em 2022. O maior número de internações ocorreu no mês de março de 2021, com um total de 9.928 casos. Desde então o número de internações veio reduzindo gradualmente, até alcançar um total de 533 internações por Covid-19 em dezembro de 2021, o que representou uma redução de 95% nesse período. No entanto, em janeiro de 2022, o número de internações por Covid-19 subiu para 3.470 casos, representando um aumento de 551% nas internações em um único mês. Em fevereiro de 2022 foram confirmados 1.689 hospitalizações, o que representa uma redução de 51% em relação ao mês anterior  (Figura 8).

Figura 8: Internações por Covid-19 segundo ano/mês de início dos sintomas. SC, 2020/2022 (atualizado em 11/03/2022)

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O mesmo comportamento se observa em relação às internações em leitos de UTI. Após alcançar um pico no mês de março de 2021, com 2314 pessoas internadas em leitos de UTI para tratamento da Covid-19 grave, o número de pacientes internados em leitos de UTI reduziu gradualmente durante 2021, chegando a um total de 181 internações em dezembro de 2021, redução de 92% no período. Em Janeiro de 2022, o número de internações em leitos de UTI subiu para 809, representando um aumento de 347% num único mês. Em fevereiro de 2022, foram realizadas 380 internações em leitos de UTI, o que representa uma redução de 53% em relação ao mês anterior (Figura 9).

Figura 9: Internações em leitos de UTI por Covid-19 segundo ano/mês de início dos sintomas. SC, 2020/2022 (atualizado em 11/03/2022)

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Analisando os óbitos por semana epidemiológica de ocorrência, após alcançar o total de 935 óbitos na Semana Epidemiológica (SE) 10/2021 (07 a 13/03/2022), o número de óbitos de Covid-19 foi reduzindo ao longo de 2021, até alcançar um total de 26 óbitos na SE 52/2021 (26/12/2021 a 01/03/2022), representando redução de 97% no total de óbitos semanais de Covid-19 neste período (Figura 8). A partir da primeira semana de 2022, o número de óbitos começou a crescer, chegando a 225 óbitos na SE 05/2022 (30/01 a 05/02/2022), representando um aumento de 765% no período. A partir de então, o número de óbitos por Covid-19 voltou a reduzir por cinco semanas seguidas, alcançando 99 na SE 09/2022 (27/02 a 05/03/2022). o que representa uma redução de 56% no período. Dados preliminares da SE 09/2022 mostram até o momento 53 óbitos por Covid-19, o que aponta manutenção da tendência de redução em relação à semana anterior  (Figura 10).

Figura 10: Óbitos por Covid-19 segundo ano/mês de início dos sintomas. SC, 2020/2022 (atualizado em 11/03/2022)

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O número de reprodução (Rt) mensura o potencial de propagação de um vírus dentro de determinadas condições. Quando o número efetivo de reprodução R(t) é superior a 1, cada paciente transmite a doença a pelo menos mais uma pessoa, e o vírus se dissemina. Se é menor do que 1, cada vez menos indivíduos se infectam e o número dos contágios retrocede. Portanto, para coibir o alastramento de um patógeno, o número de reprodução deve estar abaixo de 1 (ou R < 1, em termos matemáticos).

No dia 11 de março de 2022, o R(t) para o Estado de Santa Catarina se encontra abaixo de 1 (0,607), o que demonstra que, no atual momento, as transmissões seguem reduzindo em todo o Estado (Figura 11).

Figura 11: Número de Reprodução R(t) para Santa Catarina(atualizado em 11/03/2022)

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A campanha de vacinação contra a Covid-19 segue firme em todo o estado. A cobertura vacinal da população vacinável, considerada aquela a partir dos 5 anos de idade que já tem vacinas autorizadas pela Anvisa e disponibilizadas pelo SUS, a cobertura da primeira dose já alcançou 90,5%, e a cobertura do esquema primário (duas doses ou dose única) já alcançou 82% (Figura 12).

Essa cobertura foi suficiente para que, mesmo com a alta taxa de transmissibilidade provocada pela variante Ômicron, o número de casos graves, hospitalizações e óbitos por Covid-19 não tivessem o mesmo comportamento explosivo. No entanto, a cobertura vacinal de dose de reforço ainda se encontra baixa, com um índice de pouco mais de 34%. Para garantir uma ampla e duradoura proteção contra formas graves da Covid-19, é necessário que todas as pessoas com 18 anos ou mais que completaram o esquema primário de vacinação há pelo menos 4 meses, retornem aos postos de vacinação para garantir a dose de reforço.

Figura 12: Cobertura vacinal de primeira dose, segunda dose e dose de reforço da população vacinável (>= 5 anos) de vacina Covid-19 segundo a data de vacinação. SC, 2021/2022 (atualizado em 11/03/2022)

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Embora tenha sofrido uma drástica redução nas últimas semanas, o número de casos ativos ainda é considerado elevado em Santa Catarina, demonstrando que ainda há um elevado risco de contágio de Covid-19 em todo o Estado. Por isso, continua sendo fundamental a adoção de medidas de prevenção contra o contágio, como uso de máscaras, evitar aglomerações, dar preferência por ambientes abertos e ventilados e lavar as mãos com álcool gel ou água e sabão com frequência.

O principal objetivo da matriz de risco é ser uma ferramenta de tomada de decisão. A nota final do mapa de risco considera um intervalo de variação mais adaptado para cada nível, sendo de 1 a 1,9 como moderado, 2 a 2,9 como alto, 3 a 3,9 como grave e igual a 4 como gravíssimo.

Fonte: Secom

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