Conheça o Hospital de Isolamento Covid-19 do HUST

A Pandemia do Coronavírus (Covid-19) levou os Governantes e diversos setores a se adaptarem. Com o Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), não foi diferente. Foi necessário planejamento e adaptação para poder oferecer uma estrutura de atendimento bem equipada, com equipe capacitada e em constante aperfeiçoamento, além de um fluxo de atendimento que preserva a integridade dos pacientes e colaboradores que ali estão.

UTI para os pacientes graves

De acordo com o diretor do HUST, Alciomar Marin, o planejamento voltado à possível necessidade de ter que atender pacientes com Coronavírus começou a ser feito ainda no mês de fevereiro e foi fundamental para que se chegasse ao nível estrutural disponível hoje. Foram várias adaptações, de modo que hoje há uma espécie de segundo hospital, chamado de Hospital de Isolamento Covid 19, dentro do próprio HUST, funcionando onde era a Oncologia, espaço esse que foi remanejado.

— Quando surgiram os primeiros casos no Brasil, já reunimos todo nosso corpo clínico, direção técnica, administração e comissões hospitalares para ir entendendo o assunto e fazendo o planejamento. Quando de fato foi necessário agir, mobilizamos colaboradores e equipes terceirizadas, inclusive em horário noturno e até mesmo final de semana. Ao final, em cerca de três dias montamos essa estrutura — explicou Alciomar.

A estrutura física do hospital como um todo possui 163 leitos em diversas alas e especialidades e 10 leitos de Unidade de terapia Intensiva (UTI) adulto. Agora, no Hospital de isolamento, foram implantados 10 leitos de isolamento clínico para o Covid-19 e seis que funcionam como UTI. Há ainda uma sala cirúrgica disponível 24 horas. Trabalham diariamente no local em média, 12 profissionais da saúde e equipe de higienização.

— Todos os profissionais do Hospital rotineiramente participam de treinamentos seja para o uso de EPIs ou assuntos mais específicos e agora isso foi reforçado para que todos estejam aptos para além da rotina do hospital — afirmou Marin.

Os atendimentos no Hospital de Isolamento seguem o seguinte fluxo: A equipe é avisada pelo Centro de Triagem e espera o paciente usando todos os equipamentos de proteção individual recomendados para casos desse tipo. O paciente passa pela recepção e é levado para uma primeira sala onde é avaliado por enfermeiras e médicos e é encaminhado para exames caso precise. No local, há três tipos de espaço: um para os pacientes que podem aguardar nas poltronas, um com macas para os que precisam ficar deitados e o último, com leitos equipados com respiradores para uma primeira estabilização de casos mais graves. Após esse primeiro atendimento, o paciente pode ser liberado para isolamento em casa, internado nos quartos de isolamento ou na UTI, caso apresente um quadro clínico grave.

— A equipe que atua no Hospital de isolamento se dedica somente a isso. Para a UTI, por exemplo, são duas equipes de intensivistas, uma na área do COVID-19 e uma para a UTI geral do hospital. Além disso, temos todo o cuidado com a integridade dos colaboradores com o uso dos equipamentos de proteção recomendados pela Organização Mundial da saúde (OMS) e a saída do local ocorre somente após troca de roupa e higienização, que inclui nesse caso, tomar banho antes de deixar o hospital — explicou o diretor Técnico do HUST, Dr. Roger Polo.

O HUST está preocupado ainda com a integridade emocional e psicológica dos colaboradores e por isso, conta com uma equipe de apoio composta por psicólogos à disposição dos funcionários. E enquanto hospital porta aberta, que atende 55 municípios da região, também já realizou um planejamento caso a demanda atendida hoje no hospital de Isolamento venha a aumentar.

— Trabalhamos imaginando níveis de atenção. Esse instalado agora é o primeiro. No caso da demanda aumentar extrapolando esse nível, estudamos possibilidades para desativar determinadas alas e também fazendo transferências de casos menos graves, ganhando assim mais espaço de atendimento. Mas, por enquanto, isso não está sendo necessário — comentou Roger.

Ao final, Marin ressaltou que o Hospital foi pioneiro da Mesorregião em implantar uma estrutura como essa destinada ao COVID-19.

— Outras unidades têm nos procurado para saber mais sobre como organizamos o fluxo, como estruturamos a equipe e etc. Isso é fruto do empenho e comprometimento de muitos profissionais que aqui atuam e que tomaram uma iniciativa que tem feito a diferença – finalizou.

Fonte: Alessandra de Barros/Assessoria UNOESC

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