Viagens presidenciais demandam discretas inspeções de segurança. Foi assim neste domingo (28), em Camboriú, onde um grupo de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República fez um pente-fino para avaliar se há condições logísticas e operacionais para a já anunciada vinda do presidente Jair Bolsonaro (PSL) ao congresso evangélico de Gideões.
No fim da tarde desta segunda, a prefeitura anunciou que ele estará na cidade na quinta-feira, às 19h, para a abertura do evento – por enquanto, o compromisso ainda não faz parte da agenda oficial da Presidência.
Duas equipes de Brasília, uma de segurança e outra de saúde, acompanhadas de uma representante do governo do Estado, estiveram com o comando local da Polícia Militar, a organização do evento e com o prefeito Elcio Kuhnen (MDB), tudo sob absoluto sigilo. Imagens da reunião e o teor do que foi discutido não tiveram a divulgação autorizada.
Na semana passada, militares já haviam avaliado o trajeto. A ideia é que Bolsonaro chegue a bordo do avião presidencial ao Aeroporto de Navegantes, no início da noite de quinta, e siga de helicóptero até Camboriú.
O cuidado é de praxe, em se tratando da segurança do presidente – e o histórico relacionado a Bolsonaro, com a facada durante o período eleitoral, torna as operações ainda mais cautelosas. O ambiente do Congresso de Gideões, que reúne dezenas de milhares de pessoas dentro do ginásio onde ocorrem as pregações, e uma multidão ainda maior nas ruas, é um desafio.
Fontes que já passaram pelo Palácio do Planalto garantem que a avaliação da segurança tem peso. Mas a palavra final sobre a manutenção da agenda é sempre a do presidente.
Compromissos
A visita de Bolsonaro a Santa Catarina, caso seja concretizada, deve mobilizar lideranças em torno do Congresso de Gideões. O governador Carlos Moisés (PSL) já havia confirmado presença na abertura, e vai recepcionar o presidente.
A expectativa, agora, é pelo complemento da agenda. Ainda não se sabe, por exemplo, se o cerimonial abrirá espaço para outras demandas – como a inauguração da reforma do berço 4 do Porto de Itajaí.
Fonte: NSC