Aislan Ribeiro Toldo foi condenado nesta segunda-feira (1º) a pena de 33 anos, sete meses e 22 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pela morte do filho Brayan Hemanuel Toldo, de dois meses. O crime ocorreu em março de 2017, em Capinzal.
O julgamento foi realizado no Centro Educacional Prefeito Celso Farina. Os trabalhos iniciaram próximo das 10h, e foram concluídos às 17 horas com a leitura da sentença feita pelo juiz Daniel Radünz. O réu foi condenado por homicídio triplamente qualificado e fraude processual.
O advogado de defesa, Ricardo José Nodari, que foi auxiliado pelo advogado Felipe Klein de Matos, disse que a tese de desqualificação não foi acatada pelos jurados, por isso a pena alta. Ele afirmou que ainda não decidiram se irão recorrer da sentença.
Na acusação atuou a promotora de justiça Marina Saade Laux, e o assistente de acusação Marco Antônio Vasconcelos Alencar Junior, advogado criminalista que anteriormente havia feito a defesa de Vanessa, mãe do bebê que chegou a ficar presa, mas foi absolvida. Eles ficaram satisfeitos com o resultado, uma vez que superou a pena máxima da Lei Brasileira que é de 30 anos.
“Trinta e três anos não vai trazer meu neto de volta, mas eu ainda creio na justiça e a justiça foi feita”, comentou Luiz Rodrigues da Silva, avô da vítima.
Relembre
A morte do recém-nascido causou comoção e revolta da população capinzalense. O crime ocorreu na madrugada do dia 26 de março de 2017 na Rua Romeu Gasser, Loteamento Parizotto.
Conforme o delegado à época, José de Castilho, a mãe de 22 anos disse que foi dormir e deixou o filho aos cuidados do pai na sala da casa. Por volta das 4h, o jovem acordou a esposa dizendo que o filho não tinha mais sinais de vida.
A jovem pediu socorro aos pais que residem nas proximidades, que encaminharam as presas o neto até a emergência do Hospital Nossa Senhora das Dores, onde foi confirmado o óbito. O jovem, que não quis acompanhar o socorro do filho, foi preso pela Polícia Militar às 6h30min na Vila Sete de Julho, quando se deslocava de carro com o pai até o hospital.
Os profissionais do IGP teriam localizado vestígios de sangue no carrinho da criança e no tanque da casa. O médico legista confirmou que a causa morte do bebê foi traumatismo crânio-encefálico.
Conforme denúncia do Ministério Público, o homicídio incluiu as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Aislan seria responsável pelas agressões.
Fonte: Jardel Martinazzo/Rádio Capinzal