Escolas de Herval d’Oeste plantam mudas de Pau Brasil para trabalho educacional

O professor Jorge Adriano dos Santos, juntamente com a equipe do Grupo Escolar Municipal Adolfo Becker, de Herval d’ Oeste, idealizou o projeto ambiental: “Plantar para colher: a prática pedagógica e a consciência ambiental”. O projeto tem como objetivo o plantio de árvores de pau-brasil nas escolas do município de Herval d´Oeste.

Conforme ele, a presença da árvores nas escolas municipais possui cunho pedagógico, uma vez que além de criar uma consciência ambiental sobre preservação das espécies nativas, da importância da biodiversidade, também possibilita aos alunos, quando estiverem aprendendo sobre a história do Brasil observarem in loco a árvore que deu nome ao país, possibilitando assim, um processo de ensino-aprendizado significativo.

O projeto foi apoiado pela Secretaria de Educação Cultura e Esporte de Herval d’Oeste. Dessa forma, a Secretaria de Educação adquiriu mudas da árvore pau-brasil, que serão plantadas em seis escolas municipais em alusão ao dia da chegada dos portugueses ao Brasil, 22 de abril de 1500, marco do início do processo de colonização portuguesa.

Pau Brasil:

A árvore Pau-Brasil, cujo nome científico é Caesalpinia Echinata, é uma espécie nativa das florestas tropicais brasileiras, sendo endêmica da Mata Atlântica e ocorrendo em oito estados brasileiros: Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Paraíba e Sergipe.

O Pau-Brasil foi responsável pelo primeiro ciclo econômico brasileiro, entre os séculos XVI e XIX. Sua importância histórica e econômica foi grande no início do processo de colonização do país. Foi através da árvore que o país recebeu seu nome de Brasil.

Essa árvore também foi a primeira espécie de madeira a ser considerada como “madeira de lei” no país, como uma tentativa de impedir que ela fosse contrabandeada por navios espanhóis, franceses e ingleses que aportavam na costa brasileira durante o período de colonização. Foi sancionado O Regimento do Pau-Brasil (1605), durante o período da União Ibérica, pelo rei espanhol Filipe 3º, que limitava a exploração da madeira da árvore.

O motivo da invenção do termo “madeira de lei” foi para alertar que só podiam ser exploradas as madeiras que a coroa portuguesa autorizasse, ou seja, dependia de uma permissão exigida por Lei para cortar.

A árvore Pau-Brasil era muito preciosa na época, pois sua madeira muito utilizada na fabricação de móveis, violinos, construção civil e naval, pelo seu aspecto ser bem duro e resistente, além de possuir uma coloração avermelhada, que chamava muito a atenção dos europeus fazendo com que possuísse alto valor de mercado.

O corante avermelhado era extraído no interior do seu tronco para o uso de tintura de roupas e acessórios da nobreza da época da exploração. Essa tintura era semelhante a um produto encontrado apenas na Ásia Oriental na época das navegações.

A extração desenfreada da árvore fez com que em meados do século XIX, ela fosse quase extinta da Mata Atlântica. Sendo que em 2004 essa espécie entrou oficialmente na lista de árvores ameaçadas de extinção, estando na categoria Em Perigo de Extinção (EN) em nível nacional (MMA) e internacional (IUCN).

Fonte: Ascom

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