Aconteceu nesta quinta-feira (04/05), no auditório Afonso Dresch da Unoesc Joaçaba, o VI Seminário de Saúde do Trabalhador com o tema “A saúde do trabalhador e da trabalhadora na metalurgia”.
Realizado anualmente pela Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (CISTT) do Conselho Municipal de Saúde de Joaçaba, o seminário tem como objetivo principal proporcionar à comunidade um momento de reflexão sobre os acidentes e adoecimentos do trabalhador em relação ao seu ambiente de trabalho.
Com o foco no setor de metalurgia, o evento deste ano contou com palestra da Diretora Regional Meio Oeste do SESI, Rosane Kunen, que abordou a saúde como fator estratégico nas organizações e o trabalho que o SESI está fazendo nessa área. Em seguida o prof. José Álvaro Cardoso, economista e supervisor técnico do DIEESE, falou sobre a saúde do trabalhador e da trabalhadora no cenário brasileiro, contextualizando o momento político atual e seus reflexos sobre a relação de trabalho. Fazendo um recorte para o setor específico do seminário, o secretário Executivo do Sindicato dos Metalúrgicos de Brusque, Jorge Pusch, explanou aos presentes sobre a saúde e segurança dos trabalhadores e trabalhadoras na metalurgia, apresentando número de acidentes e adoecimentos no setor. Após as palestras, abriu-se debate envolvendo a plenária e os três palestrantes, tendo como mediador o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Jair Schüler.
Ao final do evento foi aprovada uma Moção de Repúdio à PEC 287, que trata da reforma da previdência, a qual será enviada aos deputados e senadores catarinenses em Brasília. Os próximos passos da CISTT serão: levar às escolas o Concurso de Redação e Desenho com o tema “Trabalho Seguro”, em parceria com a Justiça do Trabalho, através da Drª Lisiane Vieira, e buscar a implantação da Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) na Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com a coordenadora da CISTT, Marisa Magali Maieski Wames, o evento atendeu às expectativas da Comissão. “Foi mais um momento importante de debate, pois além de tratar das questões físicas, químicas e biológicas que adoecem e matam os trabalhadores, também trouxemos à discussão o cenário atual, da retirada de direitos, que da mesma forma competem para o adoecimento dos trabalhadores”.
Fonte: Assessoria do Conselho de Saúde