A história do pequeno Alexander, de três anos, que morreu no final de semana, depois de dar entrada no Hospital de Dionísio Cerqueira com sinais de espancamento, teve novo e grave capítulo. Nesta quarta (8), a Polícia Civil conformou espancamento como causa da morte. Na primeira versão, no dia da morte, mãe e padrasto, que moravam no interior do município de Bom Jesus do Sul, alegaram ter sido um acidente, mas acabaram mudando e confessando a agressão do menor, confirmando a suspeita inicial. A mãe sabia, mas diz não ter revelado por medo.
Em depoimento, o padrasto do menino confessou ter agredido a criança várias vezes. A mãe relatou, em depoimento, que nunca saiu de casa com medo de ameaças do marido e que sabia das agressões ao filho. Ela disse ainda, que estava cozinhando no lado de fora da residência, quando ouviu um barulho semelhante a três golpes contra a parede. Quando entrou na casa teria visto a criança chorando e que o padrasto afirmou ter batido no menino
Indagado pelos policiais, o agressor confirmou ter desferido socos no estômago do menor, confirmados pela necropsia, que apontou ruptura do rim, lesão no pulmão esquerdo e fígado, causnado a morte do menino por hemorragia aguda interna.
Agressões por pedir comida
O padrasto também confessou que agredia Alexander por que o menino pedia comida, geralmente por revirado argentino, comida preferida dele.
O caso foi atendido primeiramente pela Polícia Civil de Dionísio Cerqueira, que acionou o Instituto Médico Legal (IML) para recolher o corpo e necropsia. Depois o caso foi passado para a Delegacia de Barracão.
Mãe e padrasto são acusados de homicídio qualificado, pela tortura ou tortura qualificada pela morte. O casal está preso e a disposição da justiça.
Fonte: Portal São Miguel