Segundo o boletim epidemiológico desta quarta-feira (9), Santa Catarina atingiu o maior índice de ocupação hospitalar desde o início da pandemia. Atualmente, são 89,4% dos 1.455 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da rede pública ocupados.
Isso deixa apenas 153 leitos livres em todo o território catarinense. Dos indisponíveis, 652 estão ocupados por pacientes da Covid-19 e 650 por pacientes com outras enfermidades.
Nas últimas atualizações começaram a ser registrados mais pacientes da Covid-19 do que os de todas as outras enfermidades somadas. O reflexo é de uma curva de casos que subiu drasticamente nas últimas semanas.
Novembro, até então, foi o pior mês da pandemia. O Estado registrou recorde de vítimas fatais na última terça (8), com 91 óbitos em 24h, e o recorde de casos confirmados no dia 28 de novembro, quando o boletim epidemiológico somou mais de 9 mil casos.
Com a ocupação em seu nível mais crítico, o número de unidades lotadas subiu, e também atingiu seu pico. Nesta quarta (9), 20 hospitais não possuem nenhum leito de UTI disponível, em um universo de 55 unidades hospitalares que ofertam UTI.
Confira quais são as 20 unidades totalmente lotadas:
- Hospital Beatriz Ramos, em Indaial
- Hospital Bethesda, em Joinville
- Hospital Bom Jesus, em Ituporanga
- Hospital de Caridade, em Florianópolis
- Hospital de Caridade Senhor Bom Jesus Passos, em Laguna
- Hospital de Gaspar, em Gaspar
- Hospital Florianópolis
- Hospital Maicé, em Caçador
- Hospital Municipal São José, em Joinville
- Hospital Nereu Ramos, em Florianópolis
- Hospital Oase, em Timbó
- Hospital Regional do Alto Vale, em Rio do Sul
- Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê
- Hospital Sagrada Família, em São Bento do Sul
- Hospital Santa Teresinha, em Braço do Norte
- Hospital Regional Terezinha Gaio Basso, em São Miguel do Oeste
- Hospital Waldomiro Colautti, em Ibirama
- Hospital Regional Helmuth Nass, em Biguaçu
- Maternidade Darcy Vargas, em Joinville
- Cepon (Centro de Pesquisas Oncológicas), em Florianópolis
Destes, somente os dois últimos (Darcy Vargas, em Joinville, e Cepon, na Capital) não possuem pacientes da Covid-19. Se considerarmos os leitos especiais para a Covid-19, a taxa de ocupação sobe para 93% e o número de hospitais lotados fica em 30 unidades, a maioria.
Anteriormente, por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde, afirmou que ainda existem 167 leitos para serem reativados, o que deixaria a taxa de ocupação de UTIs para Covid-19 abaixo de 75%.
A região em situação mais crítica é o Vale do Itajaí, que tem 96% dos leitos ocupados.
A Foz do Rio Itajaí, a Grande Florianópolis e o Sul estão com ocupação em torno de 80%, enquanto o restante das regiões aparece com lotação acima de 90%.
Se analisarmos a ocupação dos leitos especiais para Covid-19, a região do Grande Oeste está com lotação de 100% em todos os hospitais. Neste quesito, a Foz do Rio Itajaí é a única exceção, tendo sua ocupação abaixo de 90%.
No mapeamento de risco, praticamente todas as regiões estão com “nota 4” nas planilhas do governo do Estado. A atualização desta quarta (9), indica uma leve retração, com 14 das 16 regiões do Estado em risco potencial gravíssimo, ante 15 da última semana.
Em Florianópolis, epicentro dos casos em Santa Catarina, 94% dos leitos de UTI estão com pacientes. A capital catarinense soma 34,9 mil casos até então, e tem sua macrorregião em risco potencial gravíssimo pela terceira semana consecutiva.
Tabela mostra o desempenho de cada região de acordo com a pontuação dos quesitos – Foto: SES/Divulgação
Estado tem 5,6 novos mil casos
Também nesta quarta (9), foram 5.628 novos casos da Covid-19 confirmados em Santa Catarina, totalizando pouco mais de 411 mil até agora. As mortes chegaram a 4.183, com inclusão de 51 neste boletim epidemiológico.
A taxa de letalidade atual é de 1,02%, a menor do país. Proporcionalmente, são 5.745 contaminados e 58,4 mortos a cada 100 mil catarinenses.
No comparativo com outros Estados, Santa Catarina tem o 4º maior número de casos confirmados em absoluto, ficando atrás de Minas Gerais e Bahia, que estão na faixa dos 400 mil casos, e de São Paulo, que tem a situação mais crítica do país, com 1,3 milhão de contaminados até então.
Atualmente, o Estado ainda enfrenta uma situação mais crítica do que a de meados de agosto, quando as confirmações de casos eram altas. O recorde de casos ocorreu
Cidades em número de casos confirmados após a capital:
- Joinville: 34.788
- Blumenau: 22.375
- São José: 19.457
- Criciúma: 15.127
- Palhoça: 13.157
- Balneário Camboriú: 13.046
- Itajaí: 12.695
- Chapecó: 11.451
- Brusque: 10.967
Fonte: NDMais