Unoesc implanta o primeiro Biobanco de Dentes Humanos de SC

Unoesc implanta o primeiro Biobanco de Dentes Humanos de SC
Unoesc implanta o primeiro Biobanco de Dentes Humanos de SC

A Unoesc recebeu da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (CONEP) a aprovação que regulamenta o Biobanco de Dentes Humanos. Ao todo, existem 13 Biobancos como esse no país, sendo a Unoesc, a primeira Universidade de Santa Catarina a possuir um.

Desde 2011, a Universidade tem um banco de dentes para as aulas e pesquisas da área de Odontologia. No entanto, após estudos apontarem que havia a possibilidade de contaminação cruzada dos dentes ali armazenados, o que poderia influenciar nos resultados dos estudos, em 2015, se iniciou a busca pela regulamentação que tornasse o espaço um Biobanco, que é uma estrutura adequada para armazenar materiais biológicos para fins específicos de pesquisa.

— Para se ter um Biobanco é preciso atender uma série de exigências legais que dizem respeito a documentos, espaço e formas de armazenamento dos dentes. Estamos muito felizes pela conquista — afirma a coordenadora do Biobanco de Dentes da Unoesc, professora Léa Maria Franceschi Dallanora.

A aprovação que regulamenta o Biobanco de Dentes Humanos da Unoesc, é importante para viabilizar pesquisas em dentes naturais que até então eram feitas em dentes de resina. A tendência é que resultados mais precisos sejam obtidos em pesquisas realizadas pelos acadêmicos, mestrandos e professores, já que a partir de agora, os dentes humanos estão adequadamente certificados e podem ser utilizados com segurança e ética.

Além disso, do ponto de vista do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) a análise ética de protocolos de pesquisas odontológicas com dentes humanos possui novos critérios e esses estão devidamente registrados no conjunto de documentos elaborados com base na Resolução do CNS nº 441/2011 e aprovados pela CONEP. Os modelos desses termos obrigatórios serão disponibilizados no site da Unoesc para auxiliar os pesquisadores a formular seus protocolos de pesquisa e enviar ao Comitê de Ética.

— Foi um longo processo, iniciado na gestão do professor Marcio Giusti Trevisol como coordenador do CEP, com a dedicação da professora Léa Dallanora e do Prof. Elcio Bonamigo, que juntos concluímos nesta gestão. Somos gratos a todos os colaboradores que se empenharam nessa missão. Com essa conquista, a Unoesc passa a ofertar mais um subsídio, regulamentado e de ponta, para as pesquisas na área da odontologia — destaca a coordenadora do CEP da Unoesc, professora Rogeria Ramos.

O pioneirismo da Unoesc em obter a aprovação que regulamenta o Biobanco de Dentes Humanos está servindo de suporte para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e também internacionalmente, para a Universidad San Francisco de Quito (USFQ), no Equador.

— Como o processo de aprovação é bem burocrático e exige um projeto bastante elaborado, estamos auxiliando essas universidades com a troca de informações e experiências —  explicou a professora.

A Unoesc já possuía cerca de 15 mil exemplares de dentes que eram armazenados, conjuntamente, conforme sua tipificação, em caixas plásticas com um líquido que precisava ser trocado semanalmente. Adequando para a forma de armazenamento exigida para o Biobanco, esses dentes passaram para frascos que receberam água destilada e pelo aparelho de autoclave, não sendo necessária abertura, exceto para o momento da pesquisa. Esse montante será somado a outros 3 mil dentes que já foram armazenados, individualmente, conforme a nova exigência.

É possível colaborar com o Biobanco de Dentes Humanos da Unoesc?

De acordo com a professora Léa, toda pessoa que por algum motivo precisou extrair um dente pode encaminhá-lo para um Biobanco. Para isso, assina um termo de cessão na qual fica ciente que pesquisas serão realizadas. A cada etapa de utilização a pessoa é informada sobre o que será feito com o dente e pode obtê-lo de volta desde que já não tenham sido esgotadas as possibilidades de uso e ele descartado.

Quem quiser colaborar com o Biobanco de Dentes da Unoesc pode verificar se seu dentista é parceiro da Universidade. Se for, ele repassará o formulário de cessão que deve ser preenchido e depois fará o encaminhamento para a Universidade. Também é possível que a pessoa solicite ficar com o dente após a extração e o traga pessoalmente até o curso de Odontologia.

— A doação de dentes, fomenta o aprendizado e é muito importante para pesquisas que podem beneficiar toda a população, por isso, contamos com a colaboração das pessoas — salientou a professora Léa Maria Franceschi Dallanora.

Fonte: Alessandra de Barros/Assessoria de Imprensa

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