Santa Catarina tem três regiões em nível “gravíssimo” para a Covid-19. Segundo o Painel de Avaliação do Risco Potencial do Estado, as regionais Foz do Rio Itajaí, Xanxerê e Laguna estão em alerta máximo para o coronavírus.
O monitoramento avalia o desempenho de ações contra o vírus nas localidades e traz orientações aos gestores. A última atualização do mapa ocorreu na tarde desta quarta-feira (8).
Das 16 regiões, 11 estão classificadas como como “grave”. Apenas a Serra catarinense e o Oeste do Estado estão pintados em amarelo, com alerta “alto”. Não há regiões com risco moderado.
O mapeamento é baseado em modelo teórico criado para conter o avanço do coronavírus no território. A avaliação construída após regionalização das medidas de enfrentamento à pandemia também busca prevenir que o sistema de saúde colapse.
A classificação leva em consideração os índices de casos ativos e recuperados, casos transmissores, taxa de incidência, proporção de casos confirmados entre os suspeitos, letalidade e velocidade de avanço do vírus por região.
Leitos de UTI
Além dos sete indicadores acima, a ocupação dos leitos de UTI também entra na conta. O documento que explica a metodologia do painel aponta que o cálculo é feito pela proporção dos hospitais públicos regulados que estão ocupados tanto com casos casos de Covid-19 como por outras razões.
“Para melhorar esse indicador é necessário disponibilizar mais leitos clínicos para regulação, sendo por parcerias com o setor privados, disponibilização de novas unidades de internação, vocacionamento de estabelecimentos e setores para internação clínica de casos de casos de SARS-cov-2”, aponta o texto produzido pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) e enviado aos gestores.
Na Foz do Rio Itajaí, há apenas três hospitais que recebem pacientes de Covid-19. Naquela região o poder público diverge na contagem de leitos. Para as unidades hospitalares, há 74 disponíveis. O Estado afirma, porém, que são 141.
Regiões:
- Risco potencial Gravíssimo: Foz do Rio Itajaí, Xanxerê e Laguna – 18%
- Risco potencial Grave: Extremo Oeste, Alto Uruguai catarinense, Meio Oeste, Alto Vale do Rio do Peixe, Alto Vale do Itajaí, Planalto Norte, Médio Vale do Itajaí, Nordeste, Grande Florianópolis, Carbonífera e Extremo Sul catarinense – 68%
- Risco potencial Alto: Serra e Oeste – 12%
Documento para cidades
Semanalmente os gestores de cada município recebem o painel atualizado com recomendações divididas em quatro dimensões de prioridade. Elas são elencadas entre 4 (como maior prioridade) a 1 (menor).
São elas: Isolamento social; Investigação, testagem e isolamento de casos; Reorganização de fluxos assistenciais; e Ampliação de leitos.
Foz do Rio Itajaí
Na região, o isolamento social recebeu prioridade 4. Investigação, testagem e isolamento de casos tem prioridade 2 segundo a última atualização do painel.
A Reorganização dos fluxos assistenciais, que mede o número casos de Covid-19 na região a cada 100 mil habitantes, teve nota 1. A ampliação dos leitos foi classificado como prioridade 3.
- Isolamento social: 4
- Investigação, testagem e isolamento de casos: 4
- Reorganização de fluxos assistenciais: 2
- Ampliação de leitos: 3
Xanxerê e Laguna
Nas prioridades apontadas, a secretaria de Estado de Saúde apontou três dos quatro itens como prioridade 4. Apenas a Reorganização dos fluxos assistenciais recebeu nota 1. O mesmo se repetiu com a regional de Laguna.
- Isolamento social: 4
- Investigação, testagem e isolamento de casos: 4
- Reorganização de fluxos assistenciais: 1
- Ampliação de leitos: 4
Fonte: Ndmais