O secretário Estadual de Saúde, André Mota Ribeiro, em entrevista, disse que Santa Catarina enfrentará pelo menos mais quatro semanas de dificuldades devido ao crescimento de pessoas contaminadas pela Covid-19.
Segundo a “Matriz de Risco Epidemiológico”, criada para dar subsídios as decisões do Governo do Estado, Santa Catarina está com o crescimento rápido de contágio e manterá o ritmo, caso as autoridades não tomem decisões mais restritivas. O secretário entende que serão necessárias atitudes “drásticas” para minimizar os impactos do novo coronavírus em Santa Catarina.
Por enquanto, André Motta Ribeiro, evita em falar sobre uma paralisação “geral” do Estado por um período, mas reitera que é preciso frear o crescimento da curva de contágio para evitar um colapso no sistema de saúde de Santa Catarina. No Estado, praticamente todas as regiões estão com a classificação grave ou gravíssima devido ao aumento considerável de casos nas últimas semanas.
Motta Ribeiro, enfatiza ainda que o Estado está enfrentando dificuldades para fazer as “pessoas” acatar as decisões adotadas pelas autoridades de saúde.
“Hoje nós vivemos no Estado uma crise além de pandêmica, de legitimidade de autoridades e gestores. O decreto do Estado é claro na proibição de aglomeração em locais públicos e praias. As pessoas, inclusive alguns prefeitos, estão questionando a qualidade das informações. E a gente não está brincando. São 150 dias trabalhados com pessoas bastante técnicas. Esse é momento da gente estar unido para combater o vírus”.
Sobre a abertura de novos leitos, principalmente de UTI, o secretário Estadual de Saúde disse que o Estado está trabalhando nesse sentido e vai garantir novos leitos em Xanxerê e Chapecó, onde a situação é ainda mais difícil devido a lotação. Já em Concórdia, ele disse que o Hospital São Francisco poderá – caso seja necessário – disponibilizar mais quatro leitos de UTI.
Fonte: Rádio Atual