A Secretaria de Estado da Saúde implementou um ajuste nos indicadores do mapa de risco para Covid-19, que é divulgado toda semana. A ideia é que o mapa retrate o momento da pandemia, mais fiel ao cenário real.
O próximo mapa, que ainda está em produção e deve ser divulgado até sexta-feira (18), incluirá o ‘nowcasting’, que é o acompanhamento em tempo real. Ele será traduzido em um indicador sensibilidade.
O objetivo é evitar situações como a da semana passada, quando a região da Foz do Itajaí-Açu teve uma melhora na classificação no mapa – de estado gravíssimo para grave – que não corresponde ao estado de evolução da doença. O problema ocorreu porque os dados avaliados consideraram a ocupação de leitos na terça-feira passada (8), logo após o Estado ter registrado o maior número de mortes em um só dia.
– Foi um dia de registro recorde de óbitos em todas as regiões, e a região da Foz teve 36 mortes. A motivação da reclassificação se deu pela desocupação de leitos, e infelizmente óbitos também desocupam leitos – explicou a epidemiologista Maria Cristina Willemann, da Secretaria de Saúde.
A mudança na classificação já vinha sendo discutida pelo Estado. A decisão de implementar as alterações agora foi motivada pela proximidade do recesso de fim de ano, quando a Secretaria de Saúde aguarda uma redução temporária na força de trabalho nas prefeituras – o que deve resultar em atrasos no registro de novos casos e óbitos.
Caso a alteração não ocorresse no mapa de risco, a demora em prestar essas informações poderia trazer um retrato da pandemia nas regiões que não corresponde com a realidade, justamente no momento em que se aguarda uma grande movimentação de turistas em santa Catarina.
Fonte: Rádio Vitória