Romaria marca encerramento da fase diocesana da beatificação de Frei Bruno

Romaria marca encerramento da fase diocesana da beatificação de Frei Bruno
Romaria marca encerramento da fase diocesana da beatificação de Frei Bruno

No dia 30 de outubro de 2013 foi instalado o Tribunal Eclesiástico da Diocese de Joaçaba para o iniciar o processo da fase diocesana da Causa de Frei Bruno Linden. O bispo D. Mário Marquez (OFMCap) nomeou Pe. Davi Lenor Ribeiro dos Santos, delegado do bispo; Pe. Clair José Lovera,  promotor de justiça; Michelle Selig, notária (secretária); e Cláudio Orço, notário auxiliar.

No domingo, dia 25 de fevereiro, às 8h00, será realizada a última sessão solene do Tribunal Eclesiástico  em frente à Catedral Santa Terezinha de Joaçaba, tendo na sequência a Romaria Penitencial Frei Bruno.

A notária Michelle Selig (foto abaixo), de Xaxim, teve essa oportunidade única de conhecer todos os detalhes sobre a vida, as virtudes e a fama de santidade do Servo de Deus Frei Bruno no decorrer do processo diocesano. “Vivenciei relatos emocionantes sobre a fé de pessoas de diferentes idades, diferentes locais e diferentes etnias que tiveram a oportunidade de conhecer ainda em vida esse sacerdote franciscano que passou pelo mundo fazendo o bem. Fazer o bem e anunciar o Evangelho era o alimento de vida de Frei Bruno. Chorei muitas vezes ouvindo e depois redigindo as falas dos fiéis sobre o espírito de oração presente intensamente na vida de Frei Bruno, a justiça para o próximo sem nunca ter feito alguma forma de distinção e muito presente ainda a caridade para os menos favorecidos, chegando muitas vezes em dar sua própria refeição e seus alimentos para quem estava com fome”, revelou Michelle.

Para ela, presenciar esses momentos de fé, oração, esperança, santidade e simplicidade durante a ‘caminhada do processo’ nestes últimos anos  foi um presente de Deus para a sua vida e de muitas outras pessoas. “O trabalho foi árduo, com muitas etapas e procedimentos que deveriam ser vencidos e muitas vezes bateu uma dúvida sobre continuar na caminhada. Todas as vezes que senti esse desânimo rezei para Frei Bruno me iluminar e dar forças para vencermos os desafios. Sempre busquei e busco seu exemplo de vida para me motivar. Pude conhecer seu incansável exemplo de vitalidade, pois mesmo idoso continuava firme e perseverante nas atividades que lhe foram confiadas quando disse sim para o chamado de Jesus Cristo, seguindo o exemplo de São Francisco de Assis e dedicando toda sua vida aos que mais precisavam”, revelou Michelle.

Michelle é graduada em Agronomia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (1998) e fez especialização em gestão escolar pelas Faculdades de Ciências Sociais Aplicadas (2008). Atualmente é secretária acadêmica, pesquisadora e professora  da Faculdades de Ciências Sociais Aplicadas (Celer).

O PROCESSO
O processo da Causa de Frei Bruno recebeu o “nihil obstat” (nada contrário) no dia 7 de maio de 2013, quando o Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, enviou documento a D. Mário Marquez informando não existir impedimento para iniciar oficialmente o processo de beatificação do frade franciscano da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. No mesmo ano, no dia 30 de outubro, foi instalado o Tribunal Eclesiástico da Diocese, formado por: Pe. Davi Lenor Ribeiro dos Santos, delegado do bispo, Pe. Clair José Lovera,  promotor de justiça; Michelle Selig, notária (secretária); e Cláudio Orço, notário auxiliar. Trabalhou neste processo também uma Comissão histórica formada por Frei Clarêncio Neotti e a historiadora Iraci Lopes, que teve a missão de recolher toda a documentação sobre Frei Bruno, tudo o que se escreveu sobre ele e todas as referências à vida e santidade de Frei Bruno.

A documentação, agora,  será encaminhada para a Secretaria da Congregação da Causa dos Santos, em Roma, e depois se aguardará a avaliação positiva da Secretaria. Depois desta fase, o Tribunal deverá começar a segunda próxima etapa, que se trata de recolher aqueles pretensos milagres realizados por intercessão de Frei Bruno. Essa etapa deverá começar em meados deste ano.

COMO FOI A ETAPA DIOCESANA
O primeiro passo para um pedido de beatificação é o clamor popular diante da fama de santidade. No caso de Frei Bruno, isso pôde ser visto intensamente  há 28 anos na Caminhada Penitencial Frei Bruno. A partir dessa constatação,  a Província Franciscana da Imaculada Conceição, através do seu Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel,  fez o pedido para abertura da causa, através do documento oficial “Libellum Supplicem” ao bispo diocesano D. Mário Marquez. De acordo com as regras da Santa Sé para a fase diocesana dos processos de canonização, é o bispo da diocese onde faleceu o candidato à santidade que abre o processo. Frei Bruno morreu em Joaçaba no dia 25 de fevereiro de 1960, aos 83 anos de idade.

Com a acolhida do pedido feito pela Província, o bispo fez em seguida uma consulta aos bispos do Regional de Santa Catarina. Tendo o sinal verde dos bispos, ele encaminhou o pedido de abertura do processo ao responsável da Congregação da Causa dos Santos, em Roma, para pedir o “nihil obstat”, um decreto para mostrar que não existe um obstáculo que deponha contra a causa. Esse documento da Congregação foi enviado a D. Mário no dia 7 de maio de 2013.

Com essas duas garantias, dos bispos do Regional e de Roma, o processo pôde caminhar e D. Mário nomeou e instalou o Tribunal Eclesiástico no dia 30 de outubro de 2013.  Desde então, o Tribunal trabalhou na elaboração do processo, do qual constam os documentos oficiais necessários para a sua abertura; 33 depoimentos de pessoas que conheceram e conviveram com Frei Bruno; uma biografia completa, acompanhada de documentos históricos; os escritos de Frei Bruno, acompanhados de uma avaliação teológica. No total, serão anexadas 5.000 folhas aos autos do processo.

Terminadas as investigações, os autos serão enviados em duas cópias à Congregação para as Causas dos Santos e os originais ficarão em poder do bispo D. Mário.

PRÓXIMA ETAPA – FASE ROMANA
A Congregação para as Causas dos Santos, presidida pelo Cardeal Prefeito Angelo Amato, vai receber o processo da Causa de Frei Bruno. Um relator desta Congregação dará parecer positivo ou negativo sobre a causa. Esse parecer é submetido a votações de uma comissão teológica e, depois, dos bispos e cardeais membros da Congregação. Se eles decidirem pela continuidade da causa, enviam ao Papa o pedido para um decreto de reconhecimento das virtudes heroicas. Se o Papa aceita a solicitação, o candidato passa a ser chamado “venerável”.

Para ser beato, ou bem-aventurado, que significa representar um modelo de vida para a comunidade, será necessário o reconhecimento de um milagre realizado por intercessão do Servo de Deus. No caso de Frei Bruno já existem relatos de graças e eventuais curas que serão analisadas pelo Tribunal a partir da metade deste ano. Deve-se, portanto, incentivar o povo cristão a pedir um milagre pela intercessão de Frei Bruno.

Depois, ainda é preciso passar por mais uma fase: a canonização. Para ser proclamado santo é imprescindível a comprovação de outro milagre, que deve ocorrer após seu reconhecimento  como beato.

Fonte: Angelo Junior Radavelli/Assessoria de Imprensa

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