Romaria de Frei Bruno marca encerramento da Fase Diocesana do Processo para a Beatificação

Dezenas de milhares de pessoas participaram na manhã deste domingo (25) da 28ª Romaria Penitencial em honra ao Servo de Deus Frei Bruno Linden. Segundo estimativas da Polícia Militar, mais de 60 mil pessoas percorreram os mais de 3km entre a Catedral Santa Terezinha e o Cemitério Frei Edgar em Joaçaba.

Cerca de 60 mil pessoas participam da Romaria Frei Bruno
Cerca de 60 mil pessoas participam da Romaria Frei Bruno

Para Dom Mário Marquez, Bispo da Diocese de Joaçaba, a Caminhada foi emocionante e superou as expectativas. “Esse dia ficará marcado na história da nossa Igreja pelo encerramento da Fase Diocesana do processo para a beatificação de Frei Bruno Linde. Estamos felizes com esse momento e agradecemos a todas as pessoas que, de uma forma ou de outra, colaboraram com a realização deste grande momento de fé. Que a partir de agora, por meio da nossa oração, possamos pedir a Frei Bruno sua intercessão para chegarmos em um milagre tão esperado que o tornará beato”, explicou Dom Mário.
Sobre o processo de beatificação:

Dia 30 de outubro de 2013, foi instalado o Tribunal Eclesiástico da Diocese
Dia 30 de outubro de 2013, foi instalado o Tribunal Eclesiástico da Diocese

O processo da Causa de Frei Bruno recebeu o “nihil obstat” (nada contrário) no dia 7 de maio de 2013, quando o Cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, enviou documento a D. Mário Marquez informando não existir impedimento para iniciar oficialmente o processo de beatificação do frade franciscano da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. No mesmo ano, no dia 30 de outubro, foi instalado o Tribunal Eclesiástico da Diocese, formado por: Pe. Davi Lenor Ribeiro dos Santos, delegado do bispo, Pe. Clair José Lovera, promotor de justiça; Michelle Selig, notária (secretária); e Cláudio Orço, notário auxiliar. Trabalhou neste processo também uma Comissão histórica formada por Frei Clarêncio Neotti e a historiadora Iraci Lopes, que teve a missão de recolher toda a documentação sobre Frei Bruno, tudo o que se escreveu sobre ele e todas as referências à vida e santidade de Frei Bruno.

A documentação lacrada na manhã deste domingo (25), agora, será encaminhada para a Secretaria da Congregação da Causa dos Santos, em Roma, e depois se aguardará a avaliação positiva da Secretaria. Depois desta fase, o Tribunal deverá começar a segunda próxima etapa, que se trata de recolher aqueles pretensos milagres realizados por intercessão de Frei Bruno. Essa etapa deverá começar em meados deste ano.

Como foi a etapa diocesana:

O primeiro passo para um pedido de beatificação é o clamor popular diante da fama de santidade. No caso de Frei Bruno, isso pôde ser visto intensamente há 28 anos na Caminhada Penitencial Frei Bruno. A partir dessa constatação, a Província Franciscana da Imaculada Conceição, através do seu Ministro Provincial, Frei Fidêncio Vanboemmel, fez o pedido para abertura da causa, através do documento oficial “Libellum Supplicem” ao bispo diocesano D. Mário Marquez. De acordo com as regras da Santa Sé para a fase diocesana dos processos de canonização, é o bispo da diocese onde faleceu o candidato à santidade que abre o processo. Frei Bruno morreu em Joaçaba no dia 25 de fevereiro de 1960, aos 83 anos de idade.

Com a acolhida do pedido feito pela Província, o bispo fez em seguida uma consulta aos bispos do Regional de Santa Catarina. Tendo o sinal verde dos bispos, ele encaminhou o pedido de abertura do processo ao responsável da Congregação da Causa dos Santos, em Roma, para pedir o “nihil obstat”, um decreto para mostrar que não existe um obstáculo que deponha contra a causa. Esse documento da Congregação foi enviado a D. Mário no dia 7 de maio de 2013.

Com essas duas garantias, dos bispos do Regional e de Roma, o processo pôde caminhar e D. Mário nomeou e instalou o Tribunal Eclesiástico no dia 30 de outubro de 2013. Desde então, o Tribunal trabalhou na elaboração do processo, do qual constam os documentos oficiais necessários para a sua abertura; 33 depoimentos de pessoas que conheceram e conviveram com Frei Bruno; uma biografia completa, acompanhada de documentos históricos; os escritos de Frei Bruno, acompanhados de uma avaliação teológica. No total, serão anexadas 5.000 folhas aos autos do processo.

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Terminadas as investigações, os autos serão enviados em duas cópias à Congregação para as Causas dos Santos e os originais ficarão em poder do bispo D. Mário.

Próxima Etapa – Fase Romana

A Congregação para as Causas dos Santos, presidida pelo Cardeal Prefeito Angelo Amato, vai receber o processo da Causa de Frei Bruno. Um relator desta Congregação dará parecer positivo ou negativo sobre a causa. Esse parecer é submetido a votações de uma comissão teológica e, depois, dos bispos e cardeais membros da Congregação. Se eles decidirem pela continuidade da causa, enviam ao Papa o pedido para um decreto de reconhecimento das virtudes heroicas. Se o Papa aceita a solicitação, o candidato passa a ser chamado “venerável”.
Para ser beato, ou bem-aventurado, que significa representar um modelo de vida para a comunidade, será necessário o reconhecimento de um milagre realizado por intercessão do Servo de Deus. No caso de Frei Bruno já existem relatos de graças e eventuais curas que serão analisadas pelo Tribunal a partir da metade deste ano. Deve-se, portanto, incentivar o povo cristão a pedir um milagre pela intercessão de Frei Bruno.

Depois, ainda é preciso passar por mais uma fase: a canonização. Para ser proclamado santo é imprescindível a comprovação de outro milagre, que deve ocorrer após seu reconhecimento como beato.

Fonte: Angelo Radavelli/Pascom

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