Na tarde desta quinta-feira, 1º de março, foi realizada no Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), em Florianópolis, a coletiva de imprensa onde foram detalhadas as principais ações e objetivos da Operação Ferrolho, iniciada na manhã desta quinta. “Conseguimos fechar o Estado todo”, comemorou o secretário da Segurança Pública, professor Alceu de Oliveira Pinto Júnior.
O encontro iniciou com “um minuto de silêncio”, em respeito ao Aluno Cabo Rafael Biazus Massoco, da Polícia Militar Ambiental, que perdeu a vida durante a execução da operação, após a embarcação em que ele estava colidir em uma pedra na região de Piratuba. “Infelizmente ele não conseguiu chegar as margens do rio, como os outros dois policiais que estavam com ele”, explicou o comandante-geral da PMSC, coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Júnior. “Um fato lamentável. Nós perdemos mais um de nossos homens, que estava no cumprimento do seu dever”, completou, ao falar sobre o ocorrido. No momento da colisão, os policiais faziam o patrulhamento fluvial em um local apontado como entrada de armas e drogas.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar do Paraná (PMPR), da Brigada Militar do Rio Grande do Sul (BMRS), da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Civil de Santa Catarina. Durante o encontro houve a interação com representantes da PMPR e BMRS através de videoconferência.
Todas as ações foram planejadas com informações compiladas pelo Serviço de Inteligência das policias militares dos três estados do Sul, levantadas nos três últimos meses. Cerca de 1.400 policiais militares de Santa Catarina foram empregados na operação, além de mais de 300 homens das policias do Paraná e do Rio Grande do Sul, sem contar com o apoio da PRF, que deu todo o suporte na execução das ações. “Independente da cor da farda, estaremos sempre à disposição”, afirmou o superintendente da PRF em SC, Magno Júnior.
Mais de 282 pontos foram monitorados durante a operação, que cobriu todos os principais pontos de acesso ao Estado, incluindo aeroportos, rodoviárias e fronteiras estaduais e internacionais. O objetivo das ações foi demonstrar a capacidade de mobilização do efetivo, com apoio das outras instituições, bem como levantar informações relacionadas ao tráfico de drogas e o contrabando de armas e demais produtos ilícitos que chegam ou passam por Santa Catarina. “Foi uma operação eminentemente preventiva, para demonstrar nossa capacidade de fechamento das fronteiras”, explicou o coronel Araújo Gomes. “Além disso, pudemos checar mais de 30 mil carteiras de identidade, em apenas 12 horas de operação”, destacou.
“Fico muito satisfeito com a operação. O objetivo foi plenamente atingido”, avaliou o secretário da Segurança Pública, Alceu de Oliveira Pinto Júnior. “Certamente servirá como estudo de caso para outros estados. E também acaba servindo como desestímulo ao crime organizado”, frisa. “Santa Catarina passa a ser desinteressante para as organizações criminosas”, afirma o titular da SSP.
Fonte: PMSC