Santa Catarina registrou 471 mortes violentas intencionais no primeiro semestre de 2020. O número é 14% maior em relação ao mesmo período de 2019, em que foram registrados 413 óbitos. Os dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2020 divulgado neste domingo (19).
O Estado ocupa a 18ª colocação entre os 26 da federação mais o Distrito Federal no quesito mortes violentas intencionais. Já na proporcionalidade no aumento de casos, ocupa a oitava colocação.
A categoria inclui: homicídios dolosos, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, policiais civis e militares vítimas de CVLI (Crimes Violentos Letais Intencionais) e mortes decorrentes de intervenção policial
Aumento de casos de violência por estado em porcentagem:
- Ceará: 96,6%
- Paraíba: 19,2%
- Maranhão e Espírito Santo: 18,5%
- Sergipe: 16,8%
- Alagoas: 15,1%
- Paraná: 14,8%
- Santa Catarina: 14%
Caso repita o número no segundo semestre, o Estado chegará a 942 óbitos e passará os anos de 2019 (816), 2018 (940), 2014 (921), 2013 (828), 2012 (912) e 2011 (924).
Violência contra a mulher
Santa Catarina registrou uma queda de 25% no número de feminicídios em relação ao mesmo período do ano passado. Foram 24 casos registrados contra 32 de 2019. O estado ocupa a 12º posição nesta tipificação de crime.
Já no quesito lesão corporal dolosa contra mulheres, os números subiram. Apenas no primeiro semestre de 2020 foram registrados 7.275 casos de violência contra o gênero feminino no Estado.
Santa Catarina foi apontada como o quinto estado onde mais foram registradas ameaças contra mulheres no país nesse primeiro semestre.
Ao todo foram 13.835 ocorrências. Apesar disso, houve uma redução de 26,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o número oficial foi de 20.336.
Já em caso de estupros, o Estado aparece em sexto lugar no ranking. Foram 1294 casos em 2020.
Cenário nacional preocupa
No primeiro semestre desse ano, foram registradas 25.712 mortes violentas intencionais em todo o país, o que representa um aumento de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Ou seja, uma pessoa é assassinada a cada dez minutos no Brasil.
O estudo revelou ainda que, nesse período, 110 policiais foram assassinados, o que representa um aumento de 19,6% em relação ao mesmo período do ano passado. A respeito do número de mortes decorrentes de intervenções policiais, foram 3.181 vítimas, um crescimento de 6% ante o mesmo período de 2019.
Sobre os casos de violência contra a mulher durante a pandemia, o Anuário registrou uma queda no número de registros em delegacias. A diminuição foi de 9,9% de casos de ocorrências de agressão caracterizada como violência doméstica.
Ao mesmo tempo, aumentaram os chamados para o número 190 e cresceu 3,8% o número de acionamentos da PM em função de violência doméstica.
O número de feminicídios aumentou 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado. O estudo contabilizou, no total, 648 vítimas fatais.
Fonte: NDmais