Liga Catarinense de Futsal suspende o capitão da AD AGN Capinzal por 7 jogos

Atleta capinzalense afirma ter sido vítima de injúria racial no jogo contra Catanduvas
Atleta capinzalense afirma ter sido vítima de injúria racial no jogo contra Catanduvas

A Liga Catarinense de Futsal (LCF) suspendeu o atleta Marcos Vinicius Souza (Marquinhos Tubarão), pivô da AD AGN Capinzal, por 07 jogos em razão dos acontecimentos registrados na partida contra a ADC Catanduvas, disputada no dia 23 de março, no Ginásio Dileto Bertaióli. O jogo foi válido pela segunda rodada da primeira fase da Copa Catarinense de Futsal e o time capinzalense foi derrotado por 3 a 1.

A punição está contida no Ato Administrativo 01 da LCF, assinado pelo presidente Jorge Roberto Soares Júnior, publicado nesta segunda-feira, dia 01. O documento não faz menção nem ao artigo nem ao Código Disciplinar que o atleta teria infringido.

Marquinhos Tubarão é um dos principais jogadores do elenco da AD AGN Capinzal na atual temporada e um dos artilheiros da Copa Catarinense com 05 gols assinalados, 04 deles só na vitória por 4 a 1 diante do Termas Piratuba Futsal no último domingo, dia 31, em Piratuba.

Posicionamento da diretoria

Assim que foi comunicada da decisão da Liga Catarinense de Futsal, a diretoria da AD AGN Capinzal reuniu seu departamento jurídico e definiu as estratégias para garantir a ampla defesa do atleta.

De acordo com o presidente Edson Cassiano, a primeira medida adotada foi solicitar da Liga a cópia dos relatórios do árbitro Jocemar Besutti e do delegado, representante da LCF, Acyr da Silva, para entender os motivos que ensejaram a punição.

Em comunicado interno à diretoria, Cassiano afirmou que os dirigentes se reuniram com o atleta na segunda-feira seguinte ao jogo com Catanduvas e este relatou que fora ofendido moralmente pelo atleta de Catanduvas, durante a partida, com palavras como “macaco” e outros termos pejorativos, que caracterizam injúria racial. “Ante a gravidade dos fatos, conduzimos o nosso atleta à Delegacia de Polícia Civil de Capinzal para o registro do pertinente Boletim de Ocorrência” afirmou o presidente. Toda a documentação está a disposição da assessoria jurídica.

Na nota interna, enviada à diretoria e sócios-torcedores, a decisão do presidente da Liga é chamada “arbitrária” por não proporcionar sequer o contraditório à Associação. “Somos contra toda e qualquer espécie de violência, mas não podemos admitir que alguém que sofreu injúria racial seja punido, enquanto o verdadeiro agressor, responsável por tais ofensas, permanece impune, sem qualquer repreensão”, completa a nota da Associação Desportiva AGN.

Fonte: Marlo Matielo / Rádio Capinzal

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