Justiça aceita denúncia contra tia de Lyan de Oliveira, que deve ir a júri popular

A tia do menino Lyan de Olivera, assassinado na noite do dia 5 de março deste ano em Ponte Serrada, no Oeste de Santa Catarina, virou ré e deve ser submetida a um júri popular para responder pelo crime. A mulher tem 32 anos e está presa preventivamente. A Polícia Civil concluiu o inquérito no dia 26 de abril. Menos de duas semanas depois, a Justiça acatou a denúncia oferecida pelo Ministério Público.

A informação de que a denúncia foi aceita foi publicada na tarde desta segunda-feira, dia 9, no site do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), que agora aguarda a manifestação do advogado de defesa da acusada. Ela responde por homicídio triplamente qualificado ― motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

Lyan de Olivera tinha apenas dois anos quando foi assassinado (Foto: Arquivo Pessoal)

O crime foi cometido na noite do dia 5 de março deste ano, em uma residência no distrito de Baía Alta, onde a Lyan de Oliveira, de apenas dois anos de idade, morava sob os cuidados da tia e do tio, que teve a participação no caso descartada pela polícia.

As investigações apuraram que a tia pediu ajuda a uma vizinha na noite do crime, alegando que o menino havia caído. No hospital, falou que encontrou a criança agonizando na cama. Quando ouvida pela polícia, disse que uma televisão caiu em cima do garoto.

No entanto, a polícia afirmou que as lesões verificadas no corpo da criança eram incompatíveis com quedas. Um laudo pericial atestou que o menino morreu por politraumatismo.

A criança foi levada ao hospital por uma vizinha. De acordo com testemunhas, Lyan estava sem roupas, desacordado, com sangramento nasal e várias lesões pelo corpo.

Segundo informou o TJSC, no Conselho Tutelar havia registros anteriores de maus-tratos contra a criança, mas sem lesões graves.

A vítima morava com cinco irmãos, a avó materna e os tios, que têm dois filhos pequenos. A mãe trabalha em Brusque. Não há informações sobre o pai do menino. O processo tramita em segredo de justiça.

Fonte: Oeste Mais

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