Joaçabense será homenageada com a Comenda Cruz e Sousa

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Será realizada na sexta-feira, 24, no cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, às 19h30, a cerimônia de entrega da Comenda do Mérito Cultural Cruz e Sousa de 2017, conferida pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) e Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL).

Neste ano, pela contribuição para o enriquecimento ou defesa da cultura e do patrimônio histórico e artístico de Santa Catarina, serão homenageados: Alzemi Machado (patrimônio), Anna Lindner (patrimônio), Bia Mattar (dança), Edla Van Steen (letras), Ilka Boaventura (antropologia), Roselaine Vinhas (gestão) e Zenirma Martins (patrimônio). A entidade escolhida para ser condecorada foi o Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado.

A indicação dos nomes é atribuição do Conselho Estadual de Cultura, mas o processo de escolha contou com participação popular. Entre os dias 15 de setembro e 30 de outubro a sociedade foi convidada a participar, enviando sugestões de nomes a serem homenageados com a medalha. Foram registradas 220 participações, que resultaram em 78 nomes, dentre os quais foram eleitos os oito agraciados. Outro dado interessante foi a participação de 42 municípios de Santa Catarina e de outros estados.

A Comenda do Mérito Cultural Cruz e Sousa – criada pelo Decreto 4.892/1994 – é um prêmio simbólico concedido desde 1997 aos autores de obras literárias, artísticas, educacionais ou científicas relativas ao Estado de Santa Catarina. A relação dos agraciados nas edições anteriores pode ser conferida no site do CEC.

Sobre os agraciados de 2017:

Alzemi Machado – Graduado em Biblioteconomia e mestre em Educação e Cultura pela Universidade do estado de Santa Catarina (UDESC), com formação técnica em encadernação e conservação de acervos pela FUCAT. Atualmente é coordenador técnico da Hemeroteca Digital da Biblioteca Pública de Santa Catarina. Foi militante estudantil e sindical nos anos 1980/90, além de atuar como conselheiro nos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente, de Assistência Social e de Política Cultural de Florianópolis. Fundador e coordenador do Fórum Setorial de Bibliotecas, foi secretário executivo da Comissão de Análise e Incentivo Cultural, parecerista  de Cultura Popular na Fundação Franklin Cascaes e membro da Comissão de Organização e Acompanhamento  do Prêmio Elisabete Anderle de Cultura/2014.  É autor de livros e catálogos técnicos.

Anna Lindner Von Pichler – Nasceu em 1938, em Joaçaba, filha de imigrantes austríacos. Seu pai, Francisco Lindner, tornou-se pioneiro no setor metal mecânico no oeste catarinense, cujo envolvimento com as ações sociais tiveram continuidade através da sua filha. Anna participa, desde 1961, do Lions Clube Joaçaba Centro e, em 1970, viabilizou a fundação da APAE nesse município. Em 1994 foi cofundadora da Associação de Turismo de Treze Tílias. Em 1999, fez parte da fundação da Associação Consular do Estado de Santa Catarina em Florianópolis. Desde 1990 participa da diretoria da Sociedade de Cultura Artística de Joaçaba e Herval d’Oeste (SCAJHO). Em 2002 teve importante atuação na reconstrução do Teatro Alfredo Sigwalt de Joaçaba, assumindo a presidência entre 2004 e 2006. Em 2005 integrou o Conselho Estadual de Cultura. Durante 28 anos, de 1988 a 2016, dedicou-se incansavelmente às funções consulares, atendendo, como Consulesa Honorária da Áustria, todos os imigrantes e seus descendentes do Estado de Santa Catarina, na cidade de Treze Tílias.

Ana Beatriz Magalhães Mattar – Bailarina, professora e coreógrafa, iniciou seus estudos de dança em São Paulo. Há 38 anos exerce a profissão, dos quais 28 em Santa Catarina. Destaca-se pelo seu trabalho pioneiro em sapateado com a criação da primeira escola especializada no gênero no estado. Jurada e professora convidada em diversos festivais de dança por todo o Brasil, como o Festival de Dança de Joinville e Passo de Arte. Em Florianópolis é curadora artística do Prêmio Desterro desde sua primeira edição. Proprietária do escritório de projetos da economia criativa -EPEC, é produtora cultural, consultora em elaboração e gestão de projetos em empreendimentos criativos. É palestrante nas áreas de financiamento à cultura e sustentabilidade. Em 2017 assumiu a diretoria de Interação Cultural da Fundação Cultural de Balneário Camboriú. É membro atuante da Aprodança (Associação Profissional De Dança de SC) da qual já foi presidente. Em política cultural foi integrante de conselhos municipais e estadual, atualmente é membro do Conselho Nacional de Políticas Culturais vinculado ao Ministério da Cultura.

Cirquinho do Revirado – Criado por Yonara e Reveraldo, o Grupo de Teatro Cirquinho do Revirado na cidade de Criciúma/SC comemora 20 anos em 2017. São duas décadas marcadas por ações de constante resistência artística e perseverança para viverem exclusivamente do Teatro, vivenciando-o como profissão. Decidiram comprar uma pequena lona de circo para apresentar teatro de fantoches e mergulharam na pesquisa e estudos sobre diferentes técnicas presentes na linguagem teatral. A partir do ano 2000, o grupo iniciou a produção de espetáculos onde o circo já não era a atração principal, mas sim, a rua! Nestes vinte anos o grupo já foi contemplado cinco vezes pelo Prêmio Nacional de Teatro Myriam Muniz, bem como foram reconhecidos em diferentes festivais, mostras e editais pelo Brasil a fora. Atualmente é composto por: Yonara, Reveraldo, Luan e Marcella.

Edla Van Steen – Nasceu em Florianópolis, em 12 de julho de 1936. É autora de trinta livros publicados, entre contos, romances, entrevistas, peças de teatro, livros de arte. Prêmios Molière e Mambembe “Melhor Autor”, pela peça “O Último Encontro”; Prêmio Coelho Neto da Academia Brasileira de Letras e Prêmio Nacional do Pen Club, com o romance Madrugada; Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, categoria autor consagrado, com a obra Cheiro de Amor – contos; publicou nos Estados Unidos os livros: A bag of stories, Village of the ghost bells, Early mourning e Scent of love, todos traduzidos por David S. George. Desde 1980, dirige várias coleções literárias na Global Editora.

Ilka Boaventura Leite – Professora do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1986. Fundadora e coordenadora do Núcleo de Estudos de Identidades e Relações Interétnicas. É filiada à Associação Brasileira de Antropologia e pesquisadora do CNPq desde 1986. Tem formação em História (UFMG, 1980) e Antropologia (USP, 1986). Concluiu estágios de pós-doutorado na Universidade de Chicago (1997), na Universidade Nova de Lisboa (2007) e na Universidade de Buenos Aires (2014/15). Tem se dedicado aos estudos afro-brasileiros através de pesquisas sobre territorialidades negras, quilombos e direitos territoriais. Autora de diversas publicações entre livros e artigos científicos. Suas pesquisas situam-se nas áreas de teoria da literatura de viagem, etnologia afro-brasileira, arte e etnicidade, diásporas africanas e direitos territoriais. Tem publicado artigos sobre narrativas de viagens, cultura e identidade negra no Brasil, quilombos e comunidades quilombolas, direitos étnicos, perícias antropológicas, pensamento afro-social e arte afro-contemporânea.

Roselaine Barboza Vinhas – Especialista em Ensino da Arte, Fundamentos Estéticos e Metodológicos pela Fundação Universidade Regional de Blumenau, licenciada em Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas pela UNOESC – Campus Chapecó, cursou Bacharelado em Música – Habilitação em Canto pela UFPEL – Universidade Federal de Pelotas. É secretária de Cultura de Chapecó, coordenadora do Colegiado de Cultura da AMOSC e conselheira do CONGESC. Constituiu a comissão de criação do Conselho Estadual de Gestores Municipais de Cultura de Santa Catarina (CONGESC – órgão colegiado FECAM), do qual foi diretora executiva e presidente. Foi conselheira e presidiu o Conselho Estadual de Cultura de Santa Catarina. Tem experiência na área de arte e cultura, com ênfase em gestão cultural, arte educação, regência para canto coral e preparação vocal.

Zenirma Martinha Martins – Conhecida como Nida, é rendeira na Casa da Cultura Açoriana de Palhoça – Casarão de Enseada de Brito. Aprendeu a fazer renda com sua mãe há mais de 50 anos. Convidada pela Casa da Cultura Açoriana de Palhoça, há três anos ensina jovens e adultos na arte de produzir rendas de bilro do tipo tramoia. Segundo alguns estudiosos este tipo de renda é o original trazido do Arquipélago dos Açores para o Estado de Santa Catarina, um saber e fazer com risco de desaparecimento em nosso estado. Nida, hoje com 74 anos, encanta a todos que passam na Casa da Cultura, com sua maneira de ensinar e explicar como é feita a renda de bilro tramoia. Tem orgulho em dizer que sua mãe aprendeu com sua avó e ela com sua mãe, tradição passada de geração a geração.

Fonte: Ascom SOL

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