Rádio Líder
A Vigilância Epidemiológica de Herval d’Oeste alerta a comunidade sobre novos casos de tuberculose no município. Até junho de 2025, oito novos casos, tinham sidos diagnosticados, sendo que desses cinco são em pacientes jovens. O crescimento de diagnósticos positivos preocupa as autoridades que têm intensificado ações de prevenção, controle e busca ativa da doença.
Desde 2023, a Vigilância Epidemiológica de Herval d´Oeste ampliou a identificação de sintomáticos respiratórios, o que tem contribuído significativamente para a detecção precoce dos casos. Com a descentralização das coletas de exames, que agora podem ser realizadas também nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), o acesso ao diagnóstico foi facilitado, possibilitando um rastreio mais eficaz.
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, sendo sua interrupção dependente do diagnóstico precoce, do tratamento correto por pelo menos seis meses e da investigação dos contatos domiciliares dos pacientes diagnosticados, que também podem estar infectados. No entanto, a adesão ao tratamento continua sendo um dos maiores desafios enfrentados pela equipe de saúde, especialmente entre os jovens, que muitas vezes abandonam ou realizam o tratamento de forma irregular.
Tal comportamento compromete a própria recuperação e mantém a cadeia de transmissão da doença ativa, colocando a comunidade em risco. Casos que exigiram internação em 2024 e 2025 reforçam a necessidade de maior corresponsabilidade entre os usuários e as equipes de saúde.
Qualquer pessoa com tosse persistente por mais de três semanas deve procurar imediatamente a UBS ou o setor de epidemiologia para realizar o exame da tuberculose que é gratuito e está disponível pelo SUS. O tratamento, também é ofertado gratuitamente, sendo fundamental para a cura e para evitar futuras complicações.
Cigarros eletrônicos:
Um alerta importante diz respeito aos usuários de cigarros eletrônicos, narguilés e substâncias químicas. Esses usuários que apresentam maior vulnerabilidade à infecção, especialmente pelo compartilhamento de bocais e acessórios, que favorece a disseminação da bactéria causadora da doença.
Raio x
Tuberculose mata: Segundo dados da OMS, a Organização Mundial da Saúde, mais de 10 milhões de pessoas são infectadas pelo bacilo no mundo e a tuberculose faz cerca de 1,5 milhão de vítimas por ano.
No Brasil, a doença é um sério problema de saúde pública, com profundas raízes sociais. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose.
A transmissibilidade é alta e aérea: A doença se instala a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, durante a fala, espirro ou tosse das pessoas com tuberculose ativa, que lançam no ar partículas em forma de aerossóis contendo bacilos. Estudos mostram que em um ano, em uma comunidade, um indivíduo positivo possa infectar, em média, de 10 a 15 pessoas. Com o início do tratamento, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de medicação, ela se encontra muito reduzida.
Bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos, talheres e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não têm papel importante na transmissão da doença.
Tosse é o principal sintoma: A tosse intensa, prolongada e com expectoração é o principal sintoma da tuberculose, a doença infecciosa que mais mata no mundo. São cerca de 1,5 milhão de vítimas por ano. No Brasil, anualmente, são notificados pelo menos 70 mil novos casos. Em 2019, foram mais de quatro mil mortes por tuberculose no país.
Emagrecimento e cansaço: Além da tosse produtiva com catarro ou secreção, há outras manifestações da doença causada pelo bacilo de Koch que precisam ser observadas:
- Emagrecimento sem motivo aparente
- Cansaço excessivo e fadiga
- Dores no corpo
- Febre baixa vespertina
– Sudorese noturna
Tuberculose tem cura: E até 2030, o objetivo da OMS é erradicar a doença do planeta.
Fonte: Ascom
