Funcionários da Celesc entram em greve a partir desta segunda-feira (12/08)

Greve anunciada por funcionários da Celesc é por tempo indeterminado (Foto: Divulgação)

Funcionários da Celesc iniciaram na manhã desta segunda-feira, dia 12, uma greve em Santa Catarina por tempo indeterminado. De acordo com a Intercel (Intersindical dos Eletricitários de Santa Catarina), o principal motivo é a postura da diretoria na negociação de direitos com os trabalhadores e a precariedade das condições de trabalho, “o que impacta diretamente no serviço prestado à população”, diz nota divulgada nas redes sociais (leia mais abaixo).

A Intercel prossegue dizendo que apesar dos esforços da categoria para manter um atendimento de qualidade, a atual gestão da Celesc, “além de não recompor o quadro de pessoal próprio e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que segue trazendo transtornos, decisões que levam os(as) trabalhadores(as) a situações inseguras tanto física quanto mentais, prejudicando a população como um todo”.

A referência é sobre a atualização do sistema comercial da Celesc. Com mais de 80 serviços on-line, o aplicativo “Conecte” e a nova “Agência Web” da companhia entraram em atividade no início de maio. Entretanto, muitos clientes têm relatado problemas.

A Intercel também informa que durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária à população. A Celesc ainda não se manifestou sobre a paralisação.

Leia na íntegra a nota da Intercel:

A Intercel, coletivo dos sindicatos que representam os(as) trabalhadores(as) da Celesc, vem a público comunicar a população catarinense que a categoria entrará em greve por tempo indeterminado a partir das 06 horas da manhã do dia 12 de agosto.

O motivo da greve é a postura negligente da Diretoria da empresa tanto na negociação de direitos dos(as) trabalhadores(as) quanto na gestão da empresa. Atuando com uma lógica privada, a Diretoria tem precarizado condições de trabalho, o que impacta diretamente no serviço prestado à população. Apesar de todos os esforços da categoria em manter um atendimento de qualidade ao povo catarinense, a gestão desta Diretoria além de não recompor o quadro de pessoal próprio e aumentar a terceirização, ainda implementou um sistema comercial que segue trazendo transtornos, decisões que levam os(as) trabalhadores(as) a situações inseguras tanto física quanto mentais, prejudicando a população como um todo.

Neste cenário, os(as) trabalhadores(as) da Celesc, que tem se dedicado a garantir o atendimento à população ainda têm sido atacados pela Diretoria. Não há valorização dos celesquianos(as) enquanto responsáveis pelos bons números técnicos e financeiros da empresa.

Mesmo com uma proposta encaminhada pela Intercel em dezembro de 2023 para o Acordo Coletivo de Participação nos Lucros e Resultados 2024 dos celesquianos(as), a Diretoria não formalizou contraproposta, apostando em uma tentativa de divisão e enfraquecimento dos trabalhadores.

A negligência beira a irresponsabilidade com a gestão do patrimônio público, uma vez que a PLR é calculada através do resultado de um Contrato de Gestão e Resultados, aprovado ainda no fim do último ano. Passados oito meses, as metas já estão sendo apuradas e mesmo assim, a Diretoria ainda não definiu o Acordo dos(as) trabalhadores(as).

Deste modo, resta aos(as) empregados(as) a mobilização em defesa de seus direitos. Os(as) trabalhadores(as) pedem apoio à sociedade para que seus direitos sejam respeitados, garantindo condições para que o serviço de qualidade prestado pelos(as) celesquianos(as) continue a ser realizado.

Durante a greve, os serviços essenciais serão mantidos de forma voluntária pelos(as) trabalhadores(as), reforçando o compromisso com a população.

Os sindicatos reafirmam a necessidade de avanços nas negociações dos acordos coletivos e da mudança de postura da diretoria da Celesc, para que os(as) trabalhadores(as) sejam valorizados(as) e continuem a atender o Estado de Santa Catarina com responsabilidade e qualidade, promovendo o desenvolvimento social e econômico do nosso Estado.

Fonte: Ascom

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