Réus haviam sido liberados horas após o crime, mas a 3ª Promotoria de Justiça da comarca insistiu no pedido de prisão preventiva. Segundo a denúncia, eles teriam aberto um buraco na parede para entrar na loja e, quando a Polícia Militar chegou, várias sacolas e mochilas já estavam cheias com smartphones e outros aparelhos eletrônicos.
Dois homens flagrados pela Polícia Militar tentando subtrair 150 aparelhos eletrônicos em uma loja de Joaçaba durante o Carnaval deste ano estão presos preventivamente aguardando julgamento. Eles haviam sido soltos na audiência de custódia horas após o crime, mesmo contra a vontade do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), mas a 3ª Promotoria de Justiça da comarca insistiu na tese de que era necessário privá-los de liberdade por conta da gravidade dos atos, até que o pedido foi atendido.
Ambos já foram denunciados por tentativa de furto, e o objetivo é que as artimanhas empregadas na ação sejam reconhecidas como qualificadoras, refletindo no aumento das penas, conforme prevê o Código Penal.
O crime aconteceu na madrugada de 12 de fevereiro. Segundo a denúncia, os réus teriam improvisado um andaime nos fundos da loja para acessar o andar térreo, que fica a cerca de três metros do solo. Na sequência, eles teriam aberto um buraco na parede de concreto para entrar no estabelecimento e, por fim, arrombado o cofre e as portas de acesso aos estoques.
O MPSC cita a escalada, o rompimento de obstáculo e a participação conjunta como qualificadoras e pede que o fato de a ação ter sido praticada durante a noite também pese no cálculo da pena. “O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos réus, pois eles foram detidos a tempo, mas o clamor da sociedade é que eles sejam punidos judicialmente pelos atos”, diz a Promotora de Justiça Francieli Fiorin.
Quando a Polícia Militar e a gerente da loja chegaram, smartphones, notebooks, caixas de som e carregadores já haviam sido colocados em mochilas e sacolas plásticas. O prejuízo seria de R$ 289 mil. Segundo consta nos autos, os réus teriam se deslocado do litoral catarinense para Joaçaba justamente para cometer furtos durante o Carnaval. Ambos possuem antecedentes criminais.
Fonte: MPSC