A Polícia Civil segue investigando o assassinato a sangue frio de dois homens que foram encontrados mortos dentro de um carro na manhã de sexta-feira, 21, na SC 350 entre Caçador e Lebon Régis. Para o delegado do DIC de Caçador, Fernando Guzzi, é grande a probabilidade de que as vítimas foram executadas.
Segundo o delegado, os trabalhos ainda estão no início, mas a polícia já tem algumas linhas de investigação. A principal é que uma das vítimas teria envolvimento com criminosos. “Ainda é cedo para afirmar, mas já ouvimos vários familiares e a hipótese principal gira nesse sentido. Acreditamos que um deles era o alvo e o outro apenas estava junto no carro”, disse Guzzi.
Apesar disso, o delegado garante que as vítimas, Jorge Marcio Macedo da Silva, 49 anos, e Nelson Soares da Trindade, 45, não tinham antecedentes criminais graves. “Um deles tinha registro de não pagamento de pensão alimentícia e mais nada além disso. Houve um boato que teriam mandado de prisão em aberto, mas não é verdade”, garante.
Nos últimos meses, Jorge e Nelson, segundo familiares, tinham residência em Penha e em Caçador. A morte deles aconteceu na SC 350 há cinco quilômetros do perímetro urbano de Lebon Régis.
Seis disparos e mais de um calibre
Desde que foi informado do crime, Fernando Guzzi e a equipe da DIC foram até o local e acompanharam todo o trabalho da perícia. Ele aguarda os laudos do IGP e do IML para ter certeza de como o crime foi praticado.
“Apesar de ainda aguardar os laudos já temos uma ideia de como os fatos ocorreram. O carro estava parado no acostamento e foram pelo menos seis tiros disparados de curta distância, de fora pra dentro do carro, sendo dois calibres diferentes, um deles de espingarda calibre 12. As vítimas não estavam armadas, não tiveram chance de reação e morreram na hora. O crime ocorreu entre 3h e 5h da madrugada”, revela.
Com as duas mortes de sexta-feira, chega a 10 o número de homicídios registrados em 2018 em Caçador e região. Os oito anteriores foram todos elucidados com a prisão dos autores. Para o delegado, esse caso tem um grau maior de dificuldade. “Não há testemunhas e não há imagens de câmeras. Mas estamos trabalhando direto para tentar dar uma resposta à sociedade de mais um crime grave que aconteceu na região”, finaliza Guzzi.
Fonte: Rádio Caçanjurê