Na sessão desta segunda-feira (15), todos os vereadores votaram favoráveis ao Projeto de Lei Legislativo nº 003/2022, de autoria da vereadora do PP Tânia Nodari, que declara Patrimônio Cultural Imaterial do Município de Herval d’ Oeste, o Coral Litúrgico Artístico Hervalense – Coliarthe-.
A vereadora apresentou na justificativa do projeto que, conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o patrimônio imaterial ou intangível é aquele que se relaciona com a maneira como os diferentes grupos sociais se expressam por meio de suas festas, saberes, fazeres, ofícios, celebrações e rituais.
“As formas tradicionais e artesanais de expressão são classificadas, por serem importantes formadoras da memória e da identidade dos grupos sociais brasileiros, contendo em si, os múltiplos aspectos da cultura cotidiana de uma comunidade, bem como o caráter não formal de transmissão dos saberes, ou seja: a oralidade”. Frisa.
Tânia destaca que a Unesco conceitua patrimônio imaterial como as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas – com os instrumentos, objetos, artefatos e lugares culturais que lhes são associados – que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural. Nesta definição, estão enquadradas as formas de expressão: manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.
“A música faz parte desta definição, incluindo o “canto coral” que se trata de uma atividade de canto realizada em conjunto, ou seja, uma combinação de vozes gerando um efeito que nos faz estimular muitos sentidos, além da audição. Aqui em Herval d´Oeste foi fundado por pessoas amantes da arte e da cultura, em 1967 o Coral Litúrgico Artístico Hervalense — Coliarthe — um motivo de orgulho para o munícipio que deve ser preservado”.
Conforme a vereadora o Coral Litúrgico Artístico Hervalense, foi fundado em 1967 e desde a sua criação nunca parou suas atividades, apesar das dificuldades encontradas para este tipo de arte musical, o coral eleva a cultura do município sendo responsável por divulgar o mesmo em vários locais, por conta das participações em festivais. “Em função disso o poder público tem o dever de reconhecer e proteger a memória e as manifestações culturais representadas, no nosso município, seja por monumentos, sítios históricos e paisagens culturais, nas tradições, no folclore, nos saberes, nas línguas, nas festas e em diversos outros aspectos e manifestações, transmitidos oral ou gestualmente, recriados coletivamente e modificados ao longo do tempo”.
A vereadora informou que no dia 25 de agosto deste ano o Coliarthe completa 50 anos de registro e publicação dos seus estatutos, e que o reconhecimento por lei da relevância do Coral é uma questão de justiça.
Fonte: Ascom