O consumo de energia elétrica em Santa Catarina cresceu 4,6% em outubro em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A demanda por energia foi a maior desde o início da pandemia, e superou, inclusive, o consumo registrado em março.
No ambiente regulado, onde estão a maioria das residências, o crescimento foi de 2%. Já no mercado livre, onde estão boa parte das grandes empresas, o aumento foi de 13%. Entre os setores, a lista é puxada pelos químicos (+33%), saneamento (+29%), bebidas (+20%), minerais não metálicos (+15%). Serviços foi o único segmento que apresentou queda (-3%).
A retomada do consumo reflete a recuperação econômica do Estado. Contudo, a estiagem esvaziou reservatórios pelo país e obrigou o acionamento das usinas térmicas, que são mais caras.
“Tivemos um aumento muito importante neste mês no custo de curto prazo. Isso reflete normalmente a vazão baixa dos rios, que é nosso principal suprimento de energia hídrica”, disse o presidente da Associação de Produtores de Energia de SC (Apesc), Gerson Berti. “Os leilões desse ano foram cancelados, e vemos que não deveriam ser cancelados”, complementou.
Segundo ele, a geração está abaixo de 50% do potencial em Santa Catarina, devido à falta de chuvas e de vazão nos rios. Energia não vai faltar, diz, mas as baixas nos reservatórios vão pressionar os custos e as tarifas, que podem chegar ao consumidor.
No acumulado de 2020, o Estado registra retração de consumo de 1,2%.
Fonte: RCN