Celulose Irani está sendo vendida e companhia busca investidores chineses para o negócio

Celulose Irani está sendo vendida e companhia busca investidores chineses para o negócio
Celulose Irani está sendo vendida e companhia busca investidores chineses para o negócio

O Grupo Habitasul está colocando à venda a Celulose Irani, divisão de negócios de papelão ondulado e papel para embalagens. Segundo fontes de mercado, o ativo foi oferecido a concorrentes da companhia no Brasil e a potenciais investidores no exterior. Na China, o grupo contratou um banco local para prospectar interessados no negócio.

A Habitasul detém cerca de 90% das ações da Irani. Outros 9% dos papéis estão em circulação, mas têm liquidez restrita. Hoje, o valor de mercado é de R$ 317 milhões, quase 30% menos do que a companhia valia no fim de 2017 a ação ON atingiu na sexta-feira (24) o valor mínimo desde meados do ano passado, negociada a R$ 1,86, frente a R$ 2,74 em 15
de agosto, quando tocou a máxima. Nesta terça-feira (28), o papel encerrou o pergão com alta de 2,11%, a R$ 1,94.

A informação está sendo veiculada na edição on-line do jornal Valor Econômico desta terça-feira (28).

“Fontes ouvidas pelo Valor indicaram que dificuldades financeiras enfrentadas após a aquisição da Indústria de Papel e Papelão São Roberto, no fim de 2012, impediram a Irani de executar um plano mais ousado de crescimento. Ao mesmo tempo, suas principais concorrentes investiram em novas fábricas ou aquisições e grandes nomes globais da indústria chegaram ao mercado brasileiro. Para não encolher diante da concorrência, a solução seria encontrar um novo controlador na própria indústria”, relata a reportagem assinada pela jornalista Stella Fontes. De acordo com o Valor, a Celulose Irani informou que não comenta o assunto.

Uma das cinco maiores fabricantes de caixas de papelão ondulado no país, num mercado bastante pulverizado e liderado pela Klabin e pela WestRock (antiga Rigesa), a Irani tem mais de 45 mil hectares de terras e 21 mil hectares plantados para a produção de celulose e papel em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, segundo o prospecto de venda. A companhia tem duas fábricas de papel kraft, em Vargem Bonita (SC) e Santa Luzia (MG), com produção de mais de 270 mil toneladas por ano. Em caixas e chapas de papelão, a expedição se aproxima de 180 mil toneladas anuais.

Essa não é a primeira vez que a Habitasul, dona também de empreendimentos imobiliários e hoteleiros no sul do país e da Kochi Metalúrgica, procura um comprador ou um sócio para a Irani. Em 2012, a companhia se preparou para uma oferta pública primária e secundária de units, mas desistiu da operação diante da deterioração dos mercados. Em 2016, o grupo buscou um sócio estratégico para seguir adiante com um ousado plano de expansão da Irani, mas não houve evolução nas conversas.

No fim de 2017, pressionada por compromissos com vencimento no curto e médio prazos, a Irani chegou a um acordo com credores, entre os quais Santander, Rabobank e Itaú BBA, e alongou 75% de seu endividamento. Em junho, a dívida líquida estava em R$ 745 milhões, 5,9% acima do registrado em março.

Habitasul: Não há garantia de venda

O grupo gaúcho informou, na noite desta terça-feira, que apesar de estar em tratativas com assessores financeiros para venda de ativos, não há qualquer aprovação ou garantia da venda do controle da Celulose Irani, seu negócio de embalagens de papelão ondulado e papel para embalagens.

Em fato relevante, o grupo afirma que avalia constantemente alternativas de captação de recursos para fortalecer sua estrutura de capital e financiar seus investimentos, incluindo a venda de participação societária.

“Apesar de a companhia estar em tratativas com assessores financeiros para eventuais operações, até a presente data não há qualquer aprovação societária ou garantia de que alguma alienação de participação societária envolvendo a Celulose Irani irá efetivamente ocorrer”, diz trecho do comunicado.

A Celulose Irani também enviou comunicado ao mercado sobre o tema no qual reforça que “apesar de a companhia estar em tratativas com assessores financeiros para eventuais operações, até a presente data não há qualquer documento vinculando a companhia a qualquer operação”.

Fonte: Valor Econômico

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