Celesc busca soluções para o sistema elétrico no Meio Oeste

Nesta segunda-feira, (7), lideranças políticas e empresariais de Santa Catarina reuniram-se na sede da Celesc, em Florianópolis, para conhecer os investimentos, as obras e os projetos de incremento para o sistema elétrico que atende a região Meio Oeste do Estado. O Governador do Estado de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva e representantes do governo participaram da apresentação.

A reunião foi organizada pelo Governo do Estado, Celesc e lideranças políticas e empresariais, após a passagem do tornado, no último dia 28 de maio, que atingiu torres de transmissão no meio oeste de Santa Catarina, causando interrupção no fornecimento de energia em 13 municípios. Na semana passada, a Celesc enviou carta ao Fórum Parlamentar Catarinense solicitando apoio e auxílio na atuação com os agentes setoriais, como a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ONS (Operador Nacional do Sistema) e MME (Ministério de Minas e Energia) visando ações para urgentes para o sistema elétrico da região. 

O governador Carlos Moisés reforçou que no sábado, após o incidente, entrou em contato com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para colocar o Governo Federal a par da situação. Agora, o estado está trabalhando de forma conjunta para obter um sistema com redundância para que episódios como esse não voltem a acontecer.  

A Celesc pretende ampliar as discussões sobre o tema, que já vinha sendo analisado pela empresa, com a adoção de medidas para que a rede básica (maior que 230 kV) tenha mais confiabilidade. A utilização de circuitos de contingência na mesma torre (como aconteceu no Meio Oeste) vem se mostrando insuficiente para proteger o sistema elétrico. Foi criado também um grupo de trabalho para acompanhar de perto os investimentos e ações.

Durante a reunião, a diretoria e os técnicos da Celesc apresentaram às lideranças, os investimentos da Companhia em obras e serviços em sua área de concessão, considerados os maiores da história da empresa. “Entre 2019 e 2021, a Companhia realizou investimentos no valor de 1,7 bilhão, sendo R$ 1,1 bilhão só no sistema de distribuição. Para a região do Meio Oeste, os investimentos incluem a ampliação da Subestação Capinzal, a nova linha de distribuição Videira-Fraiburgo, novos alimentadores e aquisição de terreno para a construção da Subestação Treze Tílias”, explicou o presidente da Celesc Clecio Poleto Martins. 

Entenda como ocorreu o problema

Quase um ano após a ocorrência de um ciclone bomba sobre o estado, devastando severamente o sistema de distribuição, desta vez um tornado, no último dia 28 de maio, trouxe novo desafio à Celesc, ainda que de forma diferente. O tornado derrubou torres de transmissão de energia elétrica de 230kV, que pertencem a uma empresa transmissora de energia. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pela coordenação do Sistema Interligado Nacional (SIN), informou que, com o ocorrido, houve o desligamento automático da linha de transmissão Campos Novos – Videira, que interrompeu o fornecimento de energia às Subestações Videira, Caçador, Caçador Castelhano e Fraiburgo. Os dois circuitos (linhas de transmissão) da transmissora percorrem o trajeto sendo sustentado pelas mesmas torres, o que leva a uma situação de desabastecimento caso ocorra algo na estrutura. Treze municípios do meio oeste tiveram o fornecimento de energia totalmente interrompido.

De acordo com os meteorologistas da Defesa Civil, a velocidade do vento chegou a 123 quilômetros por hora por conta de uma supercélula de tempestade, que foi a responsável pela formação de um tornado sobre a região. Na manhã do domingo (30), a Defesa Civil estadual confirmou que 256 casas tinham sido atingidas, com 1.024 pessoas afetadas em Campos Novos.

Desde as primeiras horas, a equipes da Celesc foram mobilizadas para recompor o sistema de distribuição afetado no município de Campos Novos e para prover gestão estratégica do fornecimento de energia, após feito o levantamento das cargas prioritárias e as formas de abastecê-las preferencialmente, planejando manobras e remanejamento entre subestações, visando atender a carga que foi viável tecnicamente.  Em alguns municípios, a energia foi restabelecida após remanejamento de carga de outras subestações. Mas em municípios como Videira, Fraiburgo e Caçador, a energia só retornou após o reparo das torres.

Durante os trabalhos de reparo pela empresa transmissora, os técnicos da Celesc atuaram intensamente no auxílio à população com remanejamento de cargas de outras subestações e fornecimento de óleo diesel para os geradores de hospitais e postos de saúde. Logo no primeiro dia após a ocorrência, a Celesc instituiu um grupo multidisciplinar que envolveu agentes da área de regulação, suprimento, comunicação, obras, linhas, subestação e manutenção. O sistema foi totalmente recomposto, na última terça-feira, 1º de junho, após a instalação de torres de emergência.  

Fonte: Comunicação Celesc

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