No último sábado, 30 de junho, foi realizado o encerramento do projeto Empreendedorismo Social e Negócios de Impacto Social. A iniciativa é uma parceria entre a Unoesc e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Como resultado das atividades, que começaram em novembro do ano passado, foram apresentadas quatro ideias de negócios, para serem inseridas na comunidade Cachoeirinha, em Joaçaba. A ação, coordenada pelas professoras Ivonez Xavier de Almeida e Luciana Aparecida Nunes, contou com a participação final de seis estudantes, de diferentes cursos de graduação.
O diretor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão do campus de Joaçaba, professor Júlio César Ribeiro Lyra, agradeceu ao Sebrae pela oportunidade da Unoesc em fazer parte desse projeto, e destacou que a universidade foi a segunda no País e primeira no Estado a participar dessa ação. Para a coordenadora do Sebrae na região Meio-Oeste, Sueli Bernardi, o objetivo dessa parceria é levar o empreendedorismo social para as comunidades, por intermédio dos docentes e acadêmicos.
— A ideia é disseminar a cultura do empreendedorismo, principalmente do social. É trazer o olhar da empresa para as necessidades da comunidade. No que depender do Sebrae, faremos o possível para executar esses projetos — salientou.
Durante os setes meses de duração do programa, os acadêmicos tiveram contato, inicialmente, com a parte teórica, para entender os conceitos de empreendedorismo social e negócios de impacto social. O empreendedorismo social busca produzir bens e serviços para solucionar problemas sociais, é direcionado para segmentos populacionais em situações de risco social – exclusão, pobreza, miséria, risco de vida – e tem o propósito de gerar impacto social.
— O investimento realizado no empreendedorismo social traz impacto para toda a comunidade, o objetivo é melhorar a vida de outras pessoas, a partir das nossas ações — comentou a professora Ivonez.
Na sequência, os alunos visitaram duas comunidades, São Jorge, em Herval d’Oeste e Vila Cachoeirinha, em Joaçaba. Após o diagnóstico, os próprios acadêmicos optaram pela segunda comunidade, porque a consideraram como a mais desassistida, e retornaram para conversar e entender as principais demandas dos moradores. A professora Luciana explicou que, por meio dos questionários, os estudantes conseguiram quantificar o número de casas e moradores, bem como a renda e a profissão de cada pessoa.
— Entre as demandas relatadas, observamos a falta de saneamento básico, a grande quantidade de animais perdidos e o desemprego — relatou Luciana.
Com as informações em mãos, os estudantes começaram a pensar em projetos que impactassem a Cachoeirinha. Eles passaram, novamente, pela parte teórica, que teve a colaboração dos professores César Rodrigo Kasteller, Patricia Zilio Tomasi, Tadiane Regina Popp e Tânia Durigon, e desenvolveram todas as etapas do projeto, desde a descrição da ideia ao levantamento de gastos.
Conheça os projetos
Social Cooper
Alessandra Borges (Administração – Campos Novos) e Larissa Antonelo (Direito – Joaçaba)
Cooperativa de prestação de serviços, que cadastra os moradores da comunidade, conforme a atividade que sabem exercer (limpeza, jardinagem, marcenaria), e os direciona para o local que precisa desse serviço.
Artesanato e Marcenaria
Jennifer Mayse Sipp (Ciências Contábeis – Joaçaba) e Izadora dos Santos (Administração – Joaçaba)
Criação de um Microempreendedor Individual (MEI) para a venda de artesanatos em tecidos e objetos em madeira.
Acessibilidade na Lata
Manuella Sônego Boneli da Silva (Direito – Joaçaba)
Gerar renda para comunidade através da fabricação de placas de acesso, escritas em braile (alto relevo).
Almofada Solidária
Jucelia Depelegrin (Direito – Joaçaba)
Confecção de uma almofada para minimiza a dor das mulheres que retiraram a mama por causa do câncer.
Fonte: Dhébora Santiago/Assessoria de Imprensa