Um adolescente de 14 anos morreu após ser picado por uma cobra peçonhenta em São Francisco do Sul, no Norte catarinense. O garoto brincava com os amigos quando sofreu o incidente.
Conforme apurado pela reportagem, o adolescente brincava com amigos, quando entrou no meio de bambus e a cobra o picou nas costas. A espécie seria uma jararaca, cuja peçonha é considerada letal.
O adolescente foi encaminhado para o Hospital e Maternidade Municipal Nossa Senhora da Graça, em São Francisco do Sul, na noite de sábado (27). Em nota, o hospital disse que o paciente recebeu soro antiofídico e permaneceu sob observação constante da equipe médica até segunda-feira (29).
“Ele permaneceu internado em observação para controle laboratorial e clínico conforme protocolo do Ciatox, Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina”, diz o comunicado.
No entanto, na manhã de segunda-feira, o paciente apresentou piora dos sintomas e foi transferido para Hospital Infantil de Joinville, que é referência na região.
Apesar disso, o adolescente não resistiu às complicações e morreu nesta terça-feira (30). Em nota, a Secretaria Municipal de Educação lamentou o falecimento do jovem, que estudava na escola Carlos da Costa Pereira.
A morte também causou comoção na internet. “Sempre vou lembrar dele com muito carinho. Um menino saudável, alegre e cheio de energia. Meus sentimentos à família”, escreveu uma amiga.
Cuidados e incidência de cobras em São Francisco do Sul
O aparecimento de serpentes peçonhentas, especialmente do gênero Botrhops, que inclui as jararacas e jararacuçus, é frequente na região de São Francisco do Sul, devido às diversas áreas de mata.
“Hoje onde ficam as residências, um dia foi o habitat delas. Então, o aparecimento desses animais estão sujeitos a acontecer a qualquer momento, principalmente em dias mais quentes”, explicou o coordenador do GOR (Grupo de Operações e Resgate) na cidade, Wesley Henrique Medeiros da Rosa.
Jararacuçu também é encontrada com facilidade na região – Foto: GOR/Divulgação/ND
A orientação do grupo é nunca matar o animal. “A gente entende que a pessoa tem medo, entretanto, é necessário o equilíbrio no ecossistema desses animais visto que são importantes controladores de pragas nocivas para o ser humano”, destacou.
“A orientação é sempre quando for brincar, fazer trilha ou qualquer outro tipo de contato com a natureza, utilizar botas e equipamentos de segurança. Evitar também de juntar entulhos, restos de madeira na casa, ajuda a inibir que o animal busque abrigo no local”, continuou.
Nesses casos, a recomendação é acionar o GOR que atua 24 horas por dia na cidade, tanto no trabalho de resgate quanto de fiscalização. Para acioná-los, basta entrar em contato pelo telefone (47) 99651-9961 (somente ligação).
Fonte: ND Mais