Eclipse solar anular: mapa mostra como fenômeno será visto em cada estado do país

Um eclipse solar anular está previsto para acontecer neste sábado, 14 de outubro. Apenas algumas regiões do planeta vão conseguir acompanhar o fenômeno em sua plenitude. No entanto, a maioria dos brasileiros pode conseguir ver o evento, mesmo que parcialmente.

Eclipse solar visto de Porto Alegre, em 2019 — Foto: Juan Mabromata/AFP

No Brasil, o eclipse deve começar por volta das 15h (horário de Brasília), mas a hora em que o fenômeno atinge o seu pico varia de acordo com a localização do observador. Em Manaus, no Amazonas, por exemplo, a expectativa é de que o eclipse chegue ao seu ponto máximo entre 15h e 15h30. Já em João Pessoa, na Paraíba, o pico deve acontecer por volta das 16h40.

Como cada estado vai enxergar o eclipse solar anular? — Foto: Brasil em Mapas/Time and Date

De acordo com o Observatório Nacional brasileiro, o fenômeno de 2023 chegará ao seu fim na costa leste do Brasil pelas 17h30 (horário de Brasília).

Por que não é seguro olhar para o eclipse solar?

Ao portal do Observatório Nacional, a astrônoma Josina Nascimento explica que usar um telescópio, por exemplo, pode trazer danos imediatos e irreversíveis.

Somente se pode usar telescópio apropriado, com filtro apropriado e sob supervisão de profissionais. Uma outra forma é a projeção, ou seja observação indireta. É bem fácil construir um aparato. Pode-se simplesmente usar um pedaço de papelão, como por exemplo uma tampa de caixa de pizza, e fazer um furo no meio. Coloca-se um papel branco no chão e direciona-se o papelão para a direção do Sol. O eclipse é visto tranquilamente no papel no chão. Há uma série de construções interessantes para a observação indireta — orienta.

O astrônomo Marcelo Zurita, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros, explicou a O GLOBO que o perigo da observação a olho nu não está no eclipse, mas sim no Sol. Isso porque a estrela emite tanta luz e radiação que pode queimar a retina.

— Na prática, o que acontece é que a nossa córnea funciona como uma lente, que vai concentrar a luz solar lá no fundo da nossa retina. Assim como acontece se a gente pegar uma lente ou lupa para aquecer um ponto, queimar uma folha de papel, é a mesma coisa que acontece com a nossa retina: ela vai ser queimada pela luz, pela radiação concentrada do Sol — disse Zurita.

Segundo Zurita, a exposição contínua à luz solar provoca feridas na retina — e, dependendo do caso, elas podem infeccionar e levar à cegueira. Por isso, o astrônomo recomenda não olhar diretamente para o Sol de maneira geral, e não apenas quando houver eclipses. Outro especialista consultado pelo O GLOBO, o físico Anisio Lasievicz concorda:

— Jamais [devemos] olhar para o Sol, independente de ser em eclipse ou não. A quantidade de luz que o Sol emite é prejudicial aos nossos olhos se a gente olhar diretamente para ele, independente da situação — completa.

O que é o ‘eclipse solar anular’?

Um eclipse anular do sol acontece quando o sol, a lua e a Terra estão em alinhamento. Assim, a maior parte do disco solar fica coberta, e apenas uma borda com aspecto ígneo aparece. Segundo o site Climatempo, apenas algumas regiões do Norte e Nordeste do Brasil poderão enxergar o fenômeno.

Fonte: O GLOBO

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