Rastreamento preventivo do câncer de pulmão eleva para 95% a chance de cura

Os tumores pulmonares lideram o ranking das doenças oncológicas que mais matam todos os anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda, de acordo com as estimativas dos órgãos de saúde, mais de dois milhões de casos de câncer de pulmão são registrados no mundo anualmente, aproximadamente 200 mil deles no Brasil. Diante disso, o “Agosto Branco”, iniciativa da Associação Europeia de Respirologia, chama a atenção para o combate à doença, principalmente por meio do diagnóstico precoce.

Para o diagnóstico precoce, os especialistas indicam a realização de exame de tomografia computadorizada de baixa dosagem em pessoas com mais de 45 anos, principalmente se são fumantes, uma vez que, conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), fumantes têm 20 vezes mais chances de ter esse tipo de doença que os não fumantes.

O cirurgião torácico do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), Giancarlo Maruri Munaretto, explica que a tomografia computadorizada de baixa dosagem é um procedimento muito seguro, uma vez que tem pouca incidência de radiação e é feita totalmente sem contraste.

— A tomografia avalia as condições dos pulmões e é capaz de rastrear o câncer oportunizando, em caso de diagnóstico precoce, a chance de até 95% de cura da doença. Diante disso, precisamos, além de conscientizar o paciente sobre a importância de realizá-la, disseminar entre clínicos-gerais, cardiologistas, ginecologistas, mastologistas e ainda médicos de saúde da família, o hábito de solicitar a realização deste importante exame — afirmou o médico.

O tratamento feito após o diagnóstico de câncer envolve uma equipe multidisciplinar especializada. Primeiramente é feito o “estadiamento sistêmico” da doença, procedimento no qual é avaliado o estágio e a presença de lesões, como, por exemplo, metástases. Não havendo lesões é feita uma cirurgia (videotoracoscopia), na qual é retirado o tumor e feito acompanhamento médico. Por fim, quem necessita de quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia é encaminhado para o setor oncológico. Tais tratamentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e estão disponíveis no HUST.

— É importante ressaltar que a cirurgia é minimamente invasiva preservando muito mais do pulmão acometido, agregando mais qualidade de vida e maiores chances de cura também — ressaltou Munaretto.

Por fim, o médico reforça que a população busque a prevenção e não tenha medo do diagnóstico.

— Conforme o INCA, 86,2% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados em estágio avançado, no Brasil. Precisamos mudar esta realidade, conscientizando e mobilizando a população sobre os riscos decorrentes do uso do cigarro, e que o quanto antes for detectada, mais facilmente essa doença pode ser tratada — finalizou o médico.

Fonte: Ascom

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