Polícia divulga informações sobre investigação da morte do menino Lyan

A tia do menino Lyan de Oliveira, de dois anos de idade, assassinado no último sábado, dia 5, em Ponte Serrada, foi presa na noite desta quinta-feira, dia 10, no município de Videira, no Oeste de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Civil, a acusada, de 32 anos, estava na casa da mãe.

Delegado Marcelo Tescke conduz as investigações (Foto: Oeste Mais)

O delegado Marcelo Tescke, responsável pelas investigações, informou em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira, dia 11, que a prisão é temporária e a mulher está à disposição da Justiça. Ele informou que a mulher ainda não foi ouvida, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Segundo Marcelo, a tia morava junto com Lyan, outras seis crianças, o marido e a avó do menino. O delegado também disse que no dia do crime, o marido estava trabalhando e não tem envolvimento direto no caso. Vizinhos já tinham dito ao Oeste Mais que a mulher estava sozinha com as crianças na noite em que Lyan morreu.

“Em relação a esse fato, ele não tem participação nenhuma. Foi comprovado através das folhas ponto que naquele dia ele estaria trabalhando, tendo saído do serviço às 7 e 20 da noite, após ter sido avisado dos fatos. Então ele não teve participação direto no momento”, apontou Marcelo.

O delegado também informou que o casal não era considerado foragido. “Eles se ausentaram da cidade de Ponte Serrada até em razão da repercussão social. O advogado entrou em contato comigo, informando o paradeiro deles e colocando à disposição pra oitiva. Eles não estavam foragidos, também não tinha mandado de prisão”, relatou durante a coletiva.

A Polícia Militar informou em um boletim divulgado no último domingo, dia 6, que a tia tinha passagens policiais por arma branca. Porém, Marcelo preferiu não dar detalhes sobre a ficha policial da mulher.

O delegado afirmou ao final da entrevista que as investigações continuam em andamento. Um inquérito sobre o caso deve ser concluído pela Polícia Civil e encaminhado ao Ministério Público. Marcelo Tescke não quis adiantar por quais crimes a tia de Lyan deverá ser indiciada. A tendência é que a mulher seja submetida a um júri popular.

Outras agressões:

Além do pequeno Lyan, que morreu após ter sido espancado pela tia no último final de semana, as outras seis crianças que moravam com ele apresentavam cicatrizes pelo corpo, relatou o delegado Marcelo Tescke, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Xanxerê, responsável pelo caso.

Delegado deu detalhes do crime na tarde desta sexta-feira (Foto: Jeferson Coppini/Oeste Mais)

Ao todo eram sete crianças que viviam na residência localizada no distrito de Baía Alta, em Ponte Serrada, além dos tios – pais de dois dos menores – e uma idosa. Tescke disse que a família era bastante humilde e passava por necessidades.

Vizinhos relataram que seguidamente ouviam gritos e choro das crianças no local e várias denúncias foram feitas por conta dos maus-tratos, o que foi confirmado pela Polícia Civil.

Segundo o delegado, cinco das crianças – incluindo Lyan – eram irmãos e estavam na casa dos tios há apenas três meses. Porém, antes disso, todos moravam no Paraná, segundo a mãe, com a madrinha de um dos menores.

Tescke ainda relatou que todos os pequenos apresentavam lesões pelo corpo, com cicatrizes antigas, o que também chamou a atenção.

“Tudo indica, pelo relato delas [das crianças], que do local de onde elas vieram, onde estavam residindo antes, sinais claros de maus-tratos que serão apurados e encaminhados todos esses fatos pra delegacia do local para serem apurados”, frisou.

A Polícia Militar informou em um boletim divulgado no último domingo, dia 6, que a ela tinha passagens policiais por arma branca. Porém, Marcelo preferiu não dar detalhes sobre a ficha policial da mulher, já que as investigações continuam em andamento.

Fonte: OesteMais

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