Saiba quais as recomendações da Anvisa para a vacinação de crianças

Com a autorização do Ministério da Saúde para que crianças de 5 a 11 anos de idade sejam vacinadas contra a Covid-19, os municípios terão de seguir uma 17 recomendações definidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para imunizar o público infantil.

Em uma delas, a Anvisa pede que seja evitada a vacinação das crianças em postos de vacinação na modalidade drive thru. De acordo com a autarquia, a imunização do público infantil deve ser realizada em ambiente específico e segregado da vacinação de adultos, que seja acolhedor e seguro para as crianças.

A Anvisa também estabeleceu que a sala em que se dará a aplicação de vacinas contra o novo coronavírus em crianças seja exclusiva para a aplicação desse imunizante, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas.

Quando houver vacinação em comunidades não urbanas, como aldeias indígenas, a Anvisa sugere que a vacinas de crianças seja feita em dias separados, não coincidentes com a vacinação de adultos.

Outra diretriz da agência diz que a vacina da Covid-19 em crianças não deve ser administrada a mesmo tempo que outras vacinas do calendário infantil, por precaução. A Anvisa recomenda um intervalo de 15 dias para a aplicação de outro imunizante.

A instituição recomenda ainda que as crianças sejam acolhidas e permaneçam no local em que a vacinação ocorrer por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando que sejam observadas durante esse breve período. 

Reações à vacinação

A agência formulou uma diretriz recomendando que os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, informem ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas esperados no local da injeção — dor, inchaço e vermelhidão — e sobre outras reações que podem ocorrer — como febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, dor muscular e dor nas articulações.

Segundo a Anvisa, os pais ou responsáveis têm que ser orientados a procurar um médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina.

Para evitar a ocorrência de efeitos adversos à vacinação, a autarquia pede que a vacinação das crianças seja iniciada após treinamento completo das equipes de saúde que farão a aplicação do imunizante, já que a grande maioria das reações pós-vacinação é decorrente da administração do produto errado à faixa etária, da dose inadequada e da preparação errônea do produto.

De todo modo, a Anvisa frisa que centros ou postos de saúde e hospitais infantis estejam atentos e treinados para atender e captar eventuais reações adversas em crianças de 5 a 11 anos após tomarem a vacina.

Doses devem chegar na próxima semana

Neste mês, a Pfizer/BioNTech vai enviar ao Brasil 3,7 milhões de doses de vacinas para aplicação em crianças. Os imunizantes chegarão em três voos, cada um com 1,248 milhão de doses. O primeiro deles, de acordo com uma previsão apresentada pelo Ministério da Saúde, deve chegar na próxima quinta-feira (13). Os outros dois carregamentos devem chegar nos dias 20 e 27.

A vacinação em crianças será administrada em duas doses de 10 microgramas com oito semanas de intervalo entre cada uma. Trata-se de um terço da dose administrada a adolescentes e a adultos. Segundo a Pfizer/BioNTech, o nível de dose foi cuidadosamente selecionado com base em dados de segurança, tolerabilidade e imunogenicidade.

De acordo com a Anvisa, as crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem completar o esquema vacinal com o imunizante pediátrico da Pfizer/BioNTech.

O frasco da vacina para crianças virá com uma coloração diferenciada, com tampa e rótulos de cor laranja, para que possa ser distinguido da formulação já utilizada hoje em indivíduos com 12 anos ou mais.

Segundo a Anvisa, os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, terão de mostrar o frasco contendo a dose específica para o público infantil ao responsável que acompanha a criança, assim como a seringa a ser utilizada, de 1 mL.

Para evitar equívocos, a Anvisa sugere a implementação de um plano de comunicação sobre essas diferenças de cor entre os produtos, incluindo a utilização de redes sociais e estratégias mais visuais que textuais.

Fonte: R7

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