Estado avança na imunização, mas alerta para a necessidade da segunda dose

Foto: Ricardo Wolffenbüttel / Secom

Santa Catarina avança cada vez mais na imunização completa da população contra a Covid-19. Segundo dados do vacinômetro desta quarta-feira, 20, mais de 64% da população com 12 anos ou mais está completamente imunizada com as duas doses ou dose única da vacina. Estes números se devem principalmente pela elevada cobertura de idosos e adultos com 40 anos ou mais que já completaram o esquema vacinal.

No caso dos idosos, com 60 anos ou mais, 99% dessa população já completou o esquema vacinal com duas doses ou dose única, e nos adultos, entre 40 e 59 anos, a cobertura está em 85%. Já na população entre 18 e 39 anos pouco mais de 46% completou o esquema vacinal até o momento.

“Os adultos jovens de 18 a 39 anos são aqueles que, no momento, apresentam as menores coberturas vacinais por não estarem retornando para receber a segunda dose no tempo adequado. Portanto, um dos focos das ações de imunização deve ser no alerta sobre a importância de se completar o esquema vacinal com a segunda dose. Todos os municípios já estão com as vacinas disponíveis para serem aplicadas, bastando que a população compareça aos postos no prazo adequado”, ressalta o superintendente de Vigilância em Saúde, Eduardo Macário.

Segundo levantamento realizado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) na última terça, 19, 423.965 pessoas que tomaram a primeira dose não retornaram, no tempo adequado, para tomar a segunda. Deste total, 171.098 são de pessoas vacinadas com a AstraZeneca, 137.263 de pessoas com a Coronavac, e 115.604 pessoas com a Pfizer. Os dados são do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde.

“O atraso em receber a segunda dose é bastante preocupante, pois quem não retorna no tempo adequado não está protegido de forma adequada contra a Covid-19. Com o esquema completo é possível estimular o sistema imunológico a produzir um número maior de anticorpos. As pessoas que atrasam a segunda dose correm o risco de, uma vez infectadas, apresentar um quadro grave de coronavírus. Elas também contribuem para a disseminação de variantes de preocupação, além de prejudicar a imunidade coletiva provocada pela vacinação, protegendo aqueles que ainda não puderam se vacinar, como as crianças”, finaliza o superintendente.

Dose de reforço

Com relação ao reforço, até o momento foram aplicadas pouco mais de 153.990 doses em idosos com 60 anos ou mais, imunossuprimidos e trabalhadores da saúde. O grupo que menos recebeu o reforço foi o de idosos. Somente 30% com idade acima de 80 anos, 22% dos de 70 a 79 anos e menos de 1% dos idosos de 60 a 69 anos receberam esta dose, segundo dados do vacinômetro estadual.

“Já é de conhecimento dos pesquisadores e profissionais de saúde sobre a importância de um uma dose de reforço na imunização de idosos seis meses após completarem o esquema primário, como forma de potencializar e reativar a capacidade de resposta imune do organismo. Neste grupo, a resposta vacinal pode ser reduzida por causa do progressivo declínio da função imunológica provocado pelo envelhecimento natural das células. A dose de reforço fará com que haja uma maior e mais prolongada proteção, servindo para que os casos e mortes nessa população não voltem a subir”, explica Macário.

As pessoas com alto grau de imunossupressão necessitam de esquemas vacinais adaptados, por apresentarem resposta reduzida a imunizantes. A dose de reforço neste grupo deve ser aplicada 28 dias após a conclusão do esquema vacinal.

Nos trabalhadores da saúde, a dose de reforço também deve ser aplicada seis meses após a conclusão do esquema vacinal e se faz necessária para garantir a continuidade dos serviços essenciais em saúde, já que esses profissionais estão diariamente expostos ao vírus.

Fonte: Secom

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