Palavras escritas de uma forma diferente fazem parte da rotina das conversas entre adolescentes e jovens, especialmente no mundo digital. No entanto, alguns termos desconhecidos da língua portuguesa começam a surgir na linguagem escrita, inclusive com a intenção de fazer parte do idioma formal. Uma dessas intenções é a chamada “Linguagem Neutra”, a qual vem sendo tema de debates no país, já que busca incluir novas denominações, tais como “amigxs” ao invés de amigos e “todes” como alternativa a todos, com o propósito de tornar a língua portuguesa mais inclusiva e não sexista, possibilitando que pessoas transsexuais, por exemplo, possam se sentir inclusas pelas novas nomenclaturas.
Seguindo diversos movimentos país afora, contrários a alteração da língua portuguesa como conhecemos, em Joaçaba a vereadora Disnéia De Marco (PP) apresentou o Projeto de Lei Legislativo 020/2021, o qual recebeu aprovação dos demais vereadores em sessão de quarta-feira (04-08) e prevê que fica proibido, no âmbito do município, o emprego da denominada “Linguagem Neutra” no material didático de instituições de ensino públicas ou privadas, nos editais de concursos públicos e em todos os documentos oficiais utilizados pelas repartições públicas municipais. O projeto agora depende da sanção do prefeito Dioclésio Ragnini.
De acordo com a vereadora Disnéia, não são raras as vezes em que a lógica de ensino é subvertida, criando-se uma linguagem completamente errônea e descabida para a formação do aluno. “Além disso, a chamada “Linguagem Neutra” atende a uma pauta ideológica específica que tenta segregar ainda mais as pessoas. Logo, tal linguagem em absolutamente nada contribui para o desenvolvimento estudantil do aluno. Ressalto que respeito a opção sexual de cada um. No entanto, acredito que não exista necessidade de alteração na língua portuguesa.
Fonte: Ascom