Um estudo em fase preliminar publicado na última semana aponta que a eficácia da Coronavac varia de acordo com as idades, e cai para 28% em idosos a partir dos 80 anos. O resultado abriu um debate a respeito da possibilidade de revacinação desse grupo ainda neste ano.
A SES (Secretaria de Estado da Saúde) informou que acompanha os estudos, no entanto, ainda não pensa em planejamentos para esse tipo de ação. Na análise do infectologista e diretor da SBI (Sociedade Brasileira de Imunizações), Renato Kfouri, ainda não é hora de pensar em revacinação.
“Nenhuma indicação que haveria essa necessidade. O estudo não fala sobre os casos mais graves, e é isso que nos interessa mais”, comenta Kfouri.
O diretor da SBI destaca que a proteção menor nos pacientes mais velhos já era esperada, e “ainda não há evidências que sinalizam que a aplicação de mais uma dose resolveria”.
A queda na proteção conforme a variação das idades é esperada para outras vacinas também, e não é um caso exclusivo da Coronavac, continua o especialista.
“É a mesma reação de todas as vacinas. Elas têm desempenho pior em pessoas menos resistentes. Os idosos envelhecem em tudo, na pele, nos órgãos, inclusive no sistema imunológico. Eles irão responder pior às doenças, e isso vale também para a Covid-19“, explica Renato Kfouri.
Fonte: NDMais