Em decisão interlocutória proferida nesta quinta-feira (27), o juiz Ildo Fabris Junior designou o dia 13 de novembro para a realização do júri popular do quarteto acusado pela morte de uma mulher e da tentativa de homicídio contra o marido dela. A sessão foi marcada para as 8h no auditório jurídico da Unoesc, localizado no bairro Flor da Serra em Joaçaba.
Estarão no banco dos réus Felipe Pelentir, Vanderson Delsiovo Cruz, Valdecir Pelentir e Cleucimar de Fátima Cardoso Bello Vissoto acusados pelo MP da morte de Lucila Bello e de atentar contra a vida de Otávio Bello.
O magistrado frisou ainda que o julgamento poderá durar mais de um dia. “Tendo em vista que se trata de processo complexo, com mais de um crime, com 4 réus, cada qual representado por defensor distinto, de modo que o adensamento de todos os atos inerentes à sessão de julgamento (organização, instrução plenária, interrogatórios, debates orais, votação e prolação da sentença) em apenas um dia poderá implicar em prejuízo aos trabalhos realizados, devendo ser ponderado pelo magistrado o desgaste e cansaço dos jurados de uma sessão muito longa”, anotou Fabris.
Somente na audiência de instrução e julgamento realizado no dia 25 de julho foram ouvidas 24 testemunhas, com duração das 14h às 23h. Cleucimar de Fátima Cardoso Bello Vissoto é apontada pelo Ministério Público (MP) como mandante do crime contra o pai e a madrasta dela. A defesa rechaça a acusação.
O crime aconteceu na madrugada do dia 31 de março deste ano na Linha Santa Terezinha, interior de Herval d’ Oeste, próximo ao “Campo do Gaúcho”.
Otávio Bello foi golpeado por arma branca no peito e na garganta. Na chegada da Polícia Militar (PM), ele estava deitado no chão, próximo à porta de entrada e com grande volume de sangue nas roupas. No quarto, perto da cama, foi encontrada Lucila Bello, que também apresentava lesão por arma branca no pescoço e sem sinais vitais.
Alguns dias depois a Polícia Civil desencadeou uma operação e deu cumprimento a quatro prisões temporárias expedidas pela justiça da Comarca de Herval d’Oeste.
As investigações apontaram a participação da filha adotiva de Otávio como mandante do crime e três homens como executores. Durante as buscas nas residências, a arma roubada no dia do crime foi encontrada e duas facas apreendidas. Os quatro aguardam o julgamento recolhidos ao Presídio Regional de Joaçaba.
Otávio Bello concedeu entrevista ao jornalismo Líder pouco tempo depois de deixar o hospital:
Fonte: Michel Teixeira