4 de março: Dia Mundial da Obesidade. Bariátrica é aliada no controle de peso

Nesta sexta-feira, 4 de março, no Dia Mundial da Obesidade, o mundo volta os olhos para o assunto que é considerado saúde pública. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados em outubro de 2020, se há 20 anos quatro em cada 10 brasileiros eram obesos, hoje são seis obesos para cada 10 brasileiros.

Foto: Metrópoles

A faixa etária com maior índice de obesidade é entre 40 e 59 anos, com 70,3% dos indivíduos com esta idade com excesso de peso. Os adolescentes e jovens também preocupam: quase 35% de pessoas entre 18 e 24 anos estão acima do peso.

Segundo o cirurgião bariátrico, Nicholas Kruel, a obesidade é uma doença séria que se não tratada interfere em vários outros problemas de saúde como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, acidente cerebral vascular, entre outros e por isso a importância de ampliar a informação da população sobre maneiras de evitar o aumento de peso.

“As causas da obesidade podem ser por maus hábitos alimentares, sedentarismo, predisposição genética, hormonal, metabólica ou comportamental e quando há dificuldade no emagrecimento é preciso procurar ajuda especializada”.

Bariátrica é uma das soluções para a obesidade

A cirurgia bariátrica (redução de estômago) é uma alternativa para tratar pacientes obesos, principalmente aqueles que tentaram por diversas vezes os métodos tradicionais sem resultados, visto que a perda de peso com a cirurgia pode chegar a 15% nos primeiros 30 dias.

“A técnica consolidada mundialmente além de interferir na autoestima, o procedimento impacta no tratamento de problemas de saúde associados à obesidade como diabetes, hipertensão, falta de ar, inflamação no organismo, sistema imunológico comprometido e até mesmo situações que estão diretamente relacionadas às complicações da Covid-19”, explica Nicholas.

Modernidade prestes a chegar na capital
A cirurgia bariátrica robótica, técnica em que o médico cirurgião manipula um robô em uma operação por vídeo (videolaparoscopia), deve chegar a Florianópolis ainda neste semestre. Em pacientes obesos, a técnica robô-assistida na realização da bariátrica é muito eficiente, pois facilita o acesso à cavidade abdominal, geralmente mais espessa neste tipo de paciente.

Nicholas Kruel tem se especializado na técnica e explica que além da ergonomia que assegura que o médico fique melhor posicionado, a robótica garante precisão dos movimentos de pinça e o detalhamento de imagem que permitem ao cirurgião acessar locais mais específicos. “Na robótica a visão é tridimensional, diferente da videolaparoscopia que é bidimensional, sendo possível desta forma ter uma noção de profundidade e acessar, aproximar e detalhar tecidos e fibras mais profundos sem tremores e com menos cortes e sangramentos”, afirma.

Segundo ele, por ser um procedimento minimamente invasivo, a recuperação do paciente é muito melhor, mais rápida, com menos dor e tempo de internação após o procedimento. O tempo de cirurgia também é menor do que o método tradicional.

Ele também ressalta que o procedimento é muito seguro. O robô não tem autonomia e é totalmente controlado pelo médico. “As pinças acopladas ao equipamento movimentam-se apenas no eixo definido, sem movimento de abrir e fechar, o que reforça a segurança. O médico utiliza um visor especial com sensor e caso seja realizado qualquer movimento diferente do padrão, o braço do robô é travado. O equipamento também conta com bateria acoplada para casos de queda de energia elétrica”.

Geralmente estão aptos a realizar o procedimento, pessoas acima de 16 anos com IMC acima de 40, independentemente da presença de comorbidades. Também podem estar aptos pacientes com IMC entre 35 e 40, com comorbidades e aqueles com IMC entre 30 e 35 na presença de diabetes 2 com menos de 10 anos de tratamento em acompanhamento com um médico especialista.

“Cada caso precisa ser avaliado individualmente e a cirurgia bariátrica só deve ser realizada com indicação médica. Independentemente do método escolhido a obesidade precisa ser tratada”, conclui Nicholas Kruel.

Fonte: Ascom

Veja agora

Professora de educação física morre em colisão na BR-153

Uma jovem de 28 anos perdeu a vida na manhã desta quarta-feira (20) em um …